Viúva Negra: Vingadora da Marvel há mais de uma década, finalmente ganha filme solo
Com direção de Cate Shortland, o filme se passa entre “Capitão América: Guerra Civil” e ”Vingadores: Guerra Infinita”, e nos mostra um capítulo diferente da vida da Vingadora, apresentando traumas do seu passado
Após uma longa espera de mais de dez anos, a heroína que teve a sua primeira aparição nos cinemas em 2010, no segundo filme do Homem de Ferro, finalmente tem a tão sonhada oportunidade de brilhar em um filme solo. Até aqui, Natasha Romanoff se tornou um dos símbolos do Universo Cinematográfico da Marvel por desempenhar papel importante nos filmes dos Vingadores.
Lançado na última semana em todos os cinemas ao redor do mundo, e também no Disney+, pelo Premier Acess, o filme nos conta o passado de Romanoff, introduzindo aqueles que ela considerava como “família” antes dos Vingadores, até chegarmos ao presente, quando a heroína se torna uma fugitiva após violar o acordo de Sokovia, no filme Guerra Civil.
Vamos recapitular
Na linha do tempo do Universo Marvel, Viúva Negra se passa entre Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita, preenchendo uma lacuna importante para compreendermos o que aconteceu quando ela se tornou uma fugitiva na batalha do Capitão América x Homem de Ferro, lembram?
O filme solo da Viúva Negra começa ambientado na década de 1990, apresentando sua infância ao lado de sua família, e logo em seguida já encontramos a heroína adulta, após os acontecimentos em Guerra Civil, isolada em busca de paz. Ela volta à ação quando assuntos inacabados do passado voltam para assombrar, e acaba entrando no radar do Treinador (vilão cuja revelação da identidade é um belo easter egg para os fãs), o criador da temida Sala Vermelha e responsável pelo treinamento das Viúvas Negras dos quadrinhos.
A heroína sempre teve uma faceta diferente de seus colegas de Vingadores. Além de ter um passado misterioso, do qual tivemos apenas alguns relances, a personagem não tem superpoderes, mas sempre confiou em suas forças e habilidades físicas. O interessante do filme é que finalmente conseguimos entender vários pontos que deixam os fãs do Universo da Marvel curiosos. Diversos detalhes de eventos importantes, suas motivações para agir em determinadas situações, e até sua pose é colocada em cheque durante conversas que poucas vezes parecem deslocadas com o desenrolar da trama.
Por ser um filme situado no passado, seria muito fácil Viúva Negra se tornar desinteressante para os fãs, afinal, já sabemos qual é o destino de Natasha, não é mesmo? Para quem é fã de carteirinha, assim como eu, sabe muito bem que em Guerra Infinita, ela se sacrifica em troca de salvar metade da população do universo. Então a responsabilidade de lançar o filme só agora, também foi para prezar pelo legado de uma das poucas heroínas de grande relevância que costumávamos ter nas telonas.
E para que isso funcionasse bem, o estúdio precisou reunir um bom elenco ao lado da já conhecida Johansson, com destaque para Florence Pugh, comoYelena Belova. A dinâmica entre as duas personagens é um dos destaques de todo o filme, e acrescenta até um inesperado tom de humor, já que Yelena é ligeiramente irônica e mal-humorada. David Harbour e Rachel Weisz completam a família de espiões, e seu humor não foge do esperado.
Sem dúvida alguma, a Marvel Studios demorou demais para contar a história da única mulher presente na equipe dos Vingadores, e talvez por isso, o grande erro do filme tenha sido o lançamento tardio, mas como diz o velho ditado: antes tarde do que nunca.
Além de ter sido adiado por mais de um ano, devido a pandemia da covid-19, ele não funciona como introdução à Fase 4 da Marvel, mas sim como história individual. À parte dos 13 anos de construção do MCU, funciona muito bem, mas o problema calha de ser o “mimo” da Marvel aos fãs: todos os filmes precisam pegar um gancho e devem levar o espectador a criar um hype pelo próximo, se tornando um costume para quem acompanha o Universo. Se você for assistir ao filme esperando por isso, pode tirar o cavalinho da chuva. Como forma de conforto, a cena pós-credito, ao mesmo tempo em que dá uma dorzinha no coração (os fãs vão entender), no fundo, não diretamente, até nos deixa empolgado com o que pode acontecer no futuro sem Natasha.
Eu não sei vocês, mas mesmo ansiosa para saber o futuro dos novos filmes que vem por aí nessa nova fase da Marvel, meu coração já fica apertado de saudades da Scarlett Johansson e todo o elenco de Avengers. Buaarrrrrr!!!!
Eu amei o filme, óbvio que eles podiam ter explorado muito mais, aliás, foram anos de espera. Mas agora, a verdade é que nada disso importa, o momento é de celebrar, mesmo que pela última vez a primeira Vingadora.
Nota: 9,0
*Por: Juliana Gomes.