Uniforme olímpico: 10 vezes que a moda e os looks dos atletas fizeram história juntos
Muito além de apenas roupas, os trajes usados pelos competidores representam uma parte importante das Olimpíadas
Depois de ser adiada por um ano em função da pandemia da COVID-19, as Olimpíadas de Tokyo finalmente acontecerão a partir do dia 23 de julho. Os Jogos Olímpicos são um dos eventos esportivos mais antigos do mundo e, entre os elementos que ajudam os atletas a marcarem a história a cada edição, estão os uniformes olímpicos usados por eles. Muito mais do que simples roupas, os trajes influenciam na performance, ajudam a expressar a personalidade dos competidores e podem ainda servir como posicionamento político e cultural dos esportistas e de suas delegações.
Na maior vibe aula de história, separamos 10 ocasiões em que o uniforme olímpico marcou época junto com os atletas ao longo das décadas e décadas de competição. Vem ver!
Em 1980, o patinador norte-americano Eric Heiden usou um macacão dourado para uma das atuações mais marcantes da história da categoria. O atleta levou para casa todas as cinco medalhas de ouro da modalidade, um recorde que não foi quebrado até hoje. Será que o traje deu uma forcinha para atrair tantas vitórias?
A corredora Zola Bud ficou famosa por um item específico do seu visual, ou melhor, a falta dele. A atleta era conhecida por treinar e competir descalça e foi dessa forma que ela correu a prova de 3.000 metros dos Jogos Olímpicos de 1984, que aconteceu em Los Angeles, na Califórnia.
Muitas modalidades possuem regras específicas de vestimenta e a atleta da patinação no gelo Katarina Witt acabou ganhando uma norma apelidada com o seu nome após se apresentar nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988 usando apenas um body. Depois da sua performance, a União Internacional de Patinação decidiu que todas as competidoras da categoria deveriam usar saias.
A velocista norte-americana Florence Griffith Joyner ficou conhecida pelo seu enorme talento nas pistas e também pelos looks nada convencionais que usava durante as competições. Nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, na Coréia do Sul, a atleta quebrou o recorde de 100 metros e também levou a medalha de ouro nos 200 metros usando um body com capuz que marcou a história.
Na competição que selecionou os atletas estado-unidenses que representariam o país nas Olímpiadas, Florence também escolheu um traje que se tornou icônico até hoje: um macacão com uma das pernas cortadas. Beyoncé e até Serena Williams já se inspiraram na peça.
A técnica da patinadora norte-americana Nancy Kerrigan convidou Vera Wang para criar os looks que seriam usados pela atleta nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, na Espanha. A parceria foi pioneira para a época e transformou a maneira como os trajes da categoria eram feitos até então. Desde essa época, a estilista continua criando as produções que serão usadas por vários atletas da patinação no gelo.
Em 1996, o velocista Michael Johnson ganhou o apelido de “homem com os sapatos de ouro” após vencer as provas de 200 e 400 metros de corrida em Atlanta, nos Estados Unidos, usando calçados dourados. Em 2004, o atleta fez valer a brincadeira e correu a prova de 400 metros nas Olimpíadas de Sydney com um sapato feito com tecido de ouro.
Uma novidade foi apresentada para o mundo da natação nos anos 2000, o traje Fastskin, inspirado na pele do tubarão e que trazia alterações tecnológicas em sua modelagem que auxiliavam na performance dos atletas. Nos Jogos Olímpicos daquele ano em Sydney, na Austrália, 13 dos 15 recordes que foram quebrados na categoria foram feitos por nadadores que usavam a nova vestimenta, que ficou conhecida como um supermaiô. Em 2010, o modelo foi banido do esporte devido as facilidades que trazia para os esportistas.
Nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, a velocista de Bahrein, Roqaya Al-Ghasara, foi a primeira mulher a competir nas Olimpíadas usando um hijab, além de ser a primeira mulher a representar o país árabe em um Jogos Olímpicos.
E tem momento marcante do Brasil também, viu? Em 2012, a dupla brasileira de nado sincronizado Lara Teixeira e Nayara Figueira deu o que falar nos Jogos Olímpicos de Londres ao se apresentar com um uniforme que representava a parte interna do corpo humano, com veias, coração, coluna e até o cérebro desenhados nos bodys e toucas usadas por elas.
Quem lembra do atleta Pita Taufatofua que levou a bandeira de Tonga, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, durante a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016? O lutador de taekwondo, que usou um traje típico do país e cobriu seu corpo com óleo, viralizou com a produção inusitada.
*Com informações da Glamour.