Tarô: entenda os mistérios dessa cultura milenar
O esoterismo é uma boa alternativa para curiosos e pessoas dispostas a buscarem respostas no oculto
Nem todo mundo admite, mas muita gente já pesquisou, leu ou procurou um profissional para saber mais sobre as cartas de tarô. A técnica milenar de interpretação dos símbolos representados pelas cartas é uma das mais antigas no mundo. Existem muitos estudos e pesquisas sobre a verdadeira origem do tarô, mas nenhuma teoria completamente comprovada. Uns dizem que foi na Europa, outros na Ásia, e ainda há quem acredite que o jogo foi criado pelos ciganos.
O baralho é composto por 78 cartas e dividido em 22 Arcanos maiores e 56 Arcanos menores. Cada carta é representada por figuras e significados, e dependendo da ordem como é lida, apresentam respostas que se interligam com a vida do indivíduo.
Pessoas que acreditam em misticismos, como cristais, velas, energias, incensos e poderes ocultos, são adeptas da prática e tiram grandes experiências no assunto. A empreendedora Thaís Fernandes, 26, acredita nos poderes das cartas e decidiu por uma mudança de cidade com a ajuda do baralho. “Eu morava em Belo Horizonte, e obtive uma proposta de emprego para mudar para Brasília. Na época fiquei muito em dúvida, insegura e sem saber o que fazer. Pedi ajuda à uma amiga que é taróloga. No jogo saíram cartas que falavam sobre mudança, novos ares e colheita de grandes frutos. Decidi arriscar, e estou na cidade há dois anos”, conta.
A cartomante e taróloga, Katia Karina, 26, está na profissão desde os 17, e explicou que as maiores dúvidas das suas clientes são sobre relações profissionais e afetivas. “Possuo um perfil voltado totalmente para isso, e geralmente as pessoas me procuram mais para saber sobre empregos e relações amorosas”, relata.
A profissional destaca que possuem assuntos mais delicados, e explica que quando lê algo relacionado, tenta repassar da maneira menos negativa possível. “Morte, perdas e traições, são os que as pessoas menos gostam de ouvir. Mas sempre quando eu leio algo relacionado eu tento repassar da maneira menos negativa possível. É um dos motivos que mantém a minha clientela fixa”.
Com o fim do ano, Katia disse que as pessoas têm muito interesse em saber as previsões para o próximo ano. “Elas me procuram para saber como será a energia do novo ano, e costuma ser um dos meses mais movimentados. Percebi que com o início da pandemia, meus clientes tem perguntado mais sobre questões financeiras e empregos, ou porque tem uma parte que tá com dificuldade em conseguir uma recolocação no trabalho, ou porque está precisando trocar de emprego”, afirma.
Existem algumas formas de jogar e tudo varia de acordo com o condutor da tiragem. Muitas pessoas jogam virtualmente, mas vale lembrar que o método feito de forma virtual pode apresentar leituras bem distintas da presencial. A explicação é que a distância de um indivíduo não tem a mesma concentração nas cartas e nas perguntas.
A ausência da energia pessoal, no momento do jogo, também pode influenciar. Outro ponto que serve de alerta é que por trás do tarô à distância, podem estar falsos profissionais, que se escondem atrás de uma tela de computador, com intuito único de faturar em cima da consulta e manipular o que aparece nas cartas.
A psicóloga Laura Freitas, 42, diz que crenças são relativas, e que não há comprovação científica de que o baralho prevê o futuro, mas que a confiança do indivíduo pode fazer toda diferença. “O fato da pessoa ter uma dúvida sobre algo, ir atrás de uma resposta, e acreditar nela, automaticamente já muda a percepção do que pode vir a acontecer. Um empurrãozinho muitas vezes é tudo que precisamos”, afirma a profissional.
*Redação Revista Pepper