Recordista de bilheteria, novo filme da Netflix vai te deixar com os o coração na boca e os olhos pegando fogo
Anunciado em 2015, filmado em 2017 e lançado apenas neste ano, “Exército do Amanhã” é uma produção chinesa que enfrentou alguns percalços, sendo o maior deles a pandemia de Covid-19, que provocou um atraso de cinco anos na sua estreia. Com orçamento de 57 milhões de dólares, a produção sob direção de estreia do mestre dos efeitos especiais Ng Yuen-fai entrega um deslumbre visual em uma Hong-Hong futurista e distópica. A ficção-científica é abastecida por cenas aceleradas de fugas, explosões e lutas, com estética de videogame, que é reforçado por óculos tecnológicos usados por seus personagens, e que tem tudo para agradar os insaciáveis fãs de ação.
O filme se passa em 2055, quando a humanidade já foi devastada por todos os estragos humanos, como poluição, guerras e doenças. Hong-Kong agora se chama B16 e é atingida por um meteoro que traz consigo uma vida alienígena capaz de purificar o ar, mas que é um aparente risco para os seres humanos e cresce sempre que chove. Batizada de Pandora pelas autoridades, logo forças militares traçam um plano para destruí-la. A coronel Tam (Carina Lau), que planeja bombardear Pandora, dá essa missão aos soldados Ti Loi (Louis Koo) e Cheng Chung-Sang (Ching Wan Lau). No entanto, seu plano terá um efeito colateral: a morte de 160 mil pessoas. Mesmo assim, Ti Loi, acompanhado dos soldados Connor (Wan Guopeng) e Lincoln (He Ziming) saem para a missão do exército, mas acabam tendo o trabalho sabotado. Posteriormente, eles são atacados por criaturas esquisitas, ao estilo “Alien”, e logo descobrem que o novo líder temporário, Sean Li, foi o conspirador contra a missão e pretende matá-los.
Com cenas acinzentadas quebradas apenas pelos vermelhos quentes do fogo que saem com os disparos de armas e das explosões, o filme quase que completamente computadorizado segue a receita de encantar seu público com uma estética tecnológica e apocalíptica, como se tivesse sido tomado de radioatividade, e que lembram de alguma forma uma soma do jogo “Metro Exodus” com o filme “Círculo de Fogo”. “Exército do Amanhã” vai conseguir te levar em uma viagem pela sua imaginação por meio de cenários artificiais extremamente bem-feitos. Mas, como um estereótipo do gênero ação, cai na futilidade sem uma mensagem aprofundada ao que se propõe discutir, que é a destruição do meio-ambiente pela humanidade. Mas, se é apenas pelo entretenimento, tudo certo. Uma prova de que esse filme é aquilo que os adoradores de ação procuram é a expressiva bilheteria, que bateu os recordes em Hong-Kong.
*Com informações de Revista Bula