Peso do lander que ajudará a trazer amostras de Marte desafia NASA

Os engenheiros da NASA vêm desenvolvendo o Sample Retrieval Lander, módulo de pouso que vai ajudar a trazer amostras de Marte para a Terra. Para isso, eles estão fazendo testes com protótipos das pernas do lander. Estes componentes que vão precisar absorver o impacto do pouso daquela que pode ser a espaçonave mais pesada já enviada ao planeta.

Uma série de espaçonaves vai entrar em ação para trazer as amostras de Marte obtidas pelo rover Perseverance. Para a empreitada, o Sample Retrieval Lander deve ser lançado para pousar na cratera Jezero, levando consigo um foguete. O veículo vai receber as amostras com a ajuda de um braço robótico da Agência Espacial Europeia, e vai levar o material a uma nave na órbita de Marte, a qual vai trazê-las à Terra no início da próxima década.

Esquema proposto para trazer amostras de Marte à Terra (Imagem: Reprodução/ESA)
Esquema proposto para trazer amostras de Marte à Terra (Imagem: Reprodução/ESA)

Por enquanto, o conceito do módulo de pouso propõe uma espaçonave que pesaria 2.275 kg, a mais pesada já enviada para pousar em Marte. Para desacelerar, ela deve contar com paraquedas de última geração e 12 motores de foguete, mas ainda assim vai precisar de pernas que ajudem a absorver o impacto do pouso.

Para entender como a energia deve ser absorvida nesta etapa, os engenheiros vêm realizando uma série de testes. Um deles envolveu soltar uma versão menro do lander em uma superfície dura, enquanto outro liberou uma versão em tamanho real em solo que imita o de Marte. Os dados dos testes vão ajudar a refinar o projeto.

Descer uma espaçonave à superfície de Marte não é uma tarefa fácil, e eles precisam considerar todos os cenários possíveis. Por isso, os engenheiros criaram alguns desafios para os protótipos: um deles estava suspenso por um pêndulo, e foi liberado ao solo de forma angulada sobre uma grade, que fez o papel de rocha.

Durante o teste, o módulo de pouso desceu com um estrondo e bateu na estrutura. Ao estudar o vídeo do procedimento, a equipe notou que houve uma oscilação em uma das estruturas do lander, que seria ainda mais perceptível se o tamanho dele fosse maior. Por isso, eles vão criar estruturas mais fortes, projetadas para resistir a essas forças.

Patrick DeGrosse, líder da estrutura usada para os testes, observou que, em uma situação real, os pés do lander não podem afundar no solo a ponto de sua parte inferior tocar a superfície. “Queremos garantir que ele fique bastante ‘igual’ na superfície. Ele precisa ficar firme, porque vai ser também uma plataforma para o foguete decolar”, acrescentou.

Fonte: NASA

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