O que são os Agroglifos? Entenda os misteriosos círculos nas plantações
De tempos em tempos, a mídia e as redes sociais são tomadas por rumores sobre estranhas formas geométricas que aparecem em plantações. No último mês, os misteriosos agroglifos apareceram na cidade de Ipuaçu, em Santa Catarina, chamando atenção da população local e gerando especulações sobre a atividade de alienígenas.
A discussão foi reacendida na última semana quando, um mês depois do aparecimento dos últimos círculos, as formas permaneceram no solo mesmo após a colheita do trigo.
O que são os Agroglifos? Entenda os misteriosos círculos nas plantações
Por Rodilei Morais | Editado por Patrícia Gnipper | 09 de Novembro de 2022 às 17h27compartilhar
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De tempos em tempos, a mídia e as redes sociais são tomadas por rumores sobre estranhas formas geométricas que aparecem em plantações. No último mês, os misteriosos agroglifos apareceram na cidade de Ipuaçu, em Santa Catarina, chamando atenção da população local e gerando especulações sobre a atividade de alienígenas.
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A discussão foi reacendida na última semana quando, um mês depois do aparecimento dos últimos círculos, as formas permaneceram no solo mesmo após a colheita do trigo.
Entre relatos de OVNIs pelo Pentágono e discussões sobre os protocolos da humanidade em caso de contato com extraterrestres, o que a ciência diz sobre os tais agroglifos?
Histórico dos Agroglifos
Relatos sobre círculos em plantações não são novidade e há quem acredite em relatos desse tipo de formação desde a Idade Média. Mas o fato é que os agroglifos ou “crop circles” (círculos nas colheitas) construíram sua fama na década de 1980. Foi neste período que diversas formas surgiram no Reino Unido, atraindo o interesse da população que começou a criar teorias sobre sua origem.
O mistério permaneceu até 1991, quando uma dupla de amigos reivindicaram a autoria de mais de 200 agroglifos na década anterior. Doug Bower e Dave Chorley afirmam ter usado tábuas amarradas em pedaços de corda, pisando nelas para amassar a plantação como queriam.
A autenticidade da autoria pela dupla é questionada por quem acredita na hipótese alienígena, dada a rudimentaridade da técnica e aparição dos círculos em outros países. O fato é que, um ano depois, jornais britânicos organizaram um concurso de agroglifos com o apoio de uma revista científica alemã.
Os resultados foram impressionantes: 11 dos 12 times inscritos conseguiram reproduzir designs complexos com os padrões típicos vistos na época. Desde então, vários grupos especializados surgiram, alguns até cobrando pela execução da arte nas colheitas, vista como forma de fomentar o turismo local.
Agroglifos no Brasil
Além de ser um popular destino turístico por suas belas praias, Santa Catarina parece ser famosa entre os extraterrestres. Ipuaçu, de cerca de 7.000 habitantes e localizada a mais de 500 quilômetros de Florianópolis, já é conhecida como cidade dos ETs.
Isso porque, desde 2008, mais quatro agroglifos surgiram em plantações locais. Antes do círculo de outubro deste ano, outro havia aparecido na mesma propriedade. A fazenda de Sérgio Girotto já havia vivenciado este mistério em 2013. Na ocasião, um agroglifo surgiu no feriado de Finados a cerca de 150 metros do círculo de 2022.
O acontecimento neste ano tem aquecido o turismo no local. Pessoas da região têm visitado o agroglifo e até levado um pouco de trigo como recordação.
Para o historiador Hernán Mostajo, diretor do Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência, é necessário dar uma explicação plausível para o fenômeno. Ele protocolou junto à Agência Espacial Brasileira um pedido de imagens de satélite para investigar o fato.
Isso nega a existência de alienígenas?
Na verdade, dizer que os agroglifos são feitos por humanos não necessariamente nega a existência de vida alienígena, seja ela inteligente ou não. Em entrevista para o portal Terra, Mostajo afirmou que “existe a possibilidade de um universo cheio de outras vidas”. Ele destaca o potencial do telescópio James Webb em revelar planetas com condições aptas para o surgimento de vida.
Sua fala concorda com o que foi dito ao Terra pelo astrônomo Adolfo Stotz Neto, da Universidade Federal de Santa Catarina. Para ele, não há sentido em uma forma de vida extraterrestre percorrer mais de 50 trilhões de quilômetros para apenas deixar desenhos em plantações de trigo.
Não sabemos se estamos sozinhos no universo, mas a resposta dessa pergunta não parece estar nas plantações.
Com informações de Terra, UOL, ND+ e Canal Tech