O ‘PHOTOSHOP’ DE 1900: COMO A TÉCNICA DO PASSADO CRIOU FOTOS PERFEITAS

Os filtros e editores de fotos aparentam ser invenções muito recentes, especialmente com o “boom” que as redes sociais vêm apresentando nos últimos anos, mas as primeiras técnicas de correção de imagens são muito mais antigas do que se pensa. No início do século XX, artistas retocavam fotos para deixá-las incrivelmente perfeitas e passavam seu conhecimento para entusiastas da área, ensinando sobre os conceitos mais importantes no tratamento manual de capturas.

De acordo com o livro Complete Self-Instructing Library of Practical Photography (Biblioteca Autoinstrutiva Completa de Fotografia Prática, em tradução livre), especialistas em remodelagem de fotos retocavam os negativos fotográficos sem qualquer tipo de alteração, deixando as imperfeições menos visíveis e recriando imagens exatas. Assim, as pessoas não recebiam fotos definitivas, mas sim impressões de seus negativos adequadamente revistas para dar a ideia de uma imagem real.

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

As técnicas consistiam no uso de estiletes ou lápis, e permitiam a correção da iluminação e de inúmeros aspectos físicos do fotografado, como nariz, pescoço, olhos, boca, cabelo e a pele no geral. Além disso, muitas vezes o próprio plano de fundo era modificando, tudo para dar um ar mais puro ao material. 

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

De acordo com a obra de 10 volumes, “os defeitos no rosto humano tornaram-se mais aparentes no negativo, e surgiu uma demanda por um maior suavização das linhas e uma remoção das imperfeições mais questionáveis”, com os esforços para melhorar as fotos como resultados de técnicas de retoque do negativo. 

As primeiras edições

Essas edições permitiam que o modificador das fotos alterasse qualquer aspecto visível da imagem, assim como ocorre com os recursos mais recentes de programas como Photoshop ou aplicativos da categoria. Como nos dias atuais, pessoas fotografadas pediam para emagrecer nos cliques, ter suas deficiências corrigidas, ganhar novas proporções e embelezar-se de todas as formas possíveis, tendo como escopo apenas o registro do negativo e a capacidade criativa do editor.

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Para isso, os técnicos utilizavam princípios artísticos incrivelmente realistas de pinturas que chamavam a atenção pela fidelidade com a pessoa fotografada. Dessa forma, as alterações passavam totalmente despercebidas, reforçadas obviamente pelos tons pretos, brancos e cinzas que compunham todo o aparato fotográfico da época.

Confira abaixo algumas das mágicas que os editores de negativos eram capazes de fazer, em uma compilação de imagens no estilo “antes vs. depois” revelada pelo livro Complete Self-Instructing Library of Practical Photography.

Sobreposição do negativo

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Endireitamento de busto

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Remoção de sardas

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Reajuste de olhos vesgos

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Abertura de olhos

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Redução de pescoços grossos

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Remoção de pessoas na foto

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

Adição de tecido extra em roupas

(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)
(Fonte: Escola Americana de Arte e Fotografia / Reprodução)

*Com informações do Mega Curioso.

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