O céu não é o limite! | Fotos do eclipse solar, lua Io, Planeta 9 e mais

No último sábado (14), boa parte da população de muitos lugares do mundo parou para acompanhar o eclipse solar anular, incluindo aqueles que só puderam assistir às transmissões online do evento.

Durante a semana, várias fotos do eclipse circularam pelas redes sociais, mas também foram publicadas muitas outras imagens espetaculares — algumas delas estão em um novo atlas, que traz quase 400 mil galáxias.

Se você perdeu esta e outras novidades dos últimos sete dias, confira as principais delas em nosso resumo semanal.

As fotos do eclipse solar anular

O eclipse solar da semana passada foi observado no Brasil, mas o evento com a fase anular foi visível apenas em algumas regiões do Norte e Nordeste. Como era de se esperar, muitas fotos foram publicadas nas redes sociais e você pode conferir algumas delas que selecionamos — tanto das ocultações parciais quanto do “anel de fogo”.

Eclipse solar em Londrina (Foto: Daniele Cavalcante)
Eclipse solar em Londrina (Foto: Daniele Cavalcante)

Além das fotos amadoras, astronautas da NASA a bordo da Estação Espacial Internacional também compartilharam uma imagem que mostra como o eclipse solar é visto no espaço. Por fim, foram publicadas imagens da sombra da Lua passando pela Terra, feitas por satélites na órbita do nosso planeta.

As novas fotos da lua Io, de Júpiter

A sonda Juno, da NASA, fez uma aproximação da lua jupiteriana Io, o mundo mais vulcânico do Sistema Solar. Os dados brutos da câmera de luz visível a bordo da espaçonave foram processados por um engenheiro de software da NASA e o resultado foi publicado nas redes sociais.

Io é uma das quatro luas galileanas, aquelas descobertas por Galileu Galilei logo após ter criado o primeiro telescópio astronômico da história. As outras três luas são Europa, Ganimedes e Calisto, todas muito fáceis de se observar com uma luneta simples.

O Planeta 9 e a gravidade modificada

Talvez o Planeta 9, cuja existência foi teorizada devido às órbitas estranhas de alguns objetos do Cinturão de Kuiper, não exista. Então, como justificar essas órbitas incomuns? Uma nova pesquisa mostra que um modelo físico chamado dinâmica newtoniana modificada (MOND) explicaria isso muito bem, sem a necessidade de nenhum planeta desconhecido.Conceito artistico do hipotético Planeta 9 (Imagem: Reprodução/R. Hurt/Caltech)

A dinâmica newtoniana modificada é uma proposta que altera algumas partes da teoria gravitacional mais conhecida para explicar algumas coisas do universo, enquanto descarta coisas consideradas estranhas, como a matéria escura. Contudo, muitos testes ainda são necessários para considerar o MOND uma matemática aplicável em todo o universo.

A rajada rápida de rádio recordista em distância

Uma nova rajada rápida de rádio (FRB) bateu o recorde de maior distância percorrida no universo: ela veio de algum objeto localizado a 8 bilhões de anos-luz da Terra. Além disso, essa FRB, chamada 20220610A é para lá de misteriosa, e tem características que os cientistas ainda não conseguiram explicar.Conceito artístico de uma FRB emitida por uma fonte em uma galáxia distante (Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser)

Uma delas é que a difração de sua luz à medida que viajava pelo universo é diferente daquela prevista pelos modelos atuais. Com isso, os cientistas têm um catálogo de FRBs ainda mais diverso, dificultando a missão de encontrar uma única explicação para todos os eventos desse tipo.

O quartzo nas nuvens de um exoplaneta

O James Webb analisou o espectro da atmosfera do planeta WASP-17 b e encontrou evidências de pequenos cristais de quartzo em suas nuvens. Este mundo gasoso e quente fica cerca de 1.300 anos-luz da Terra e pode ser o primeiro a ter esse tipo de material confirmado — além do Sistema Solar, é claro.Espectro do exoplaneta WASP-17 b, indicando partículas de sílica (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, R. Crawford (STScI), D. Grant (University of Bristol), H. R. Wakeford (University of Bristol), N. Lewis (Cornell University)

Os cristais tinham apenas 10 nanômetros de extensão (1 nanômetro é 100 vezes menor que a espessura de uma folha de papel comum), mas os autores da descoberta disseram que ainda precisam de dados do Hubble para confirmar esses dados.

O mapeamento de galáxias e matéria escura

Um dos principais objetivos do Observatório Vera C. Rubin vai ser a criação do maior e mais preciso mapa das galáxias e da matéria escura. Com a capacidade de varrer o céu noturno em pouco tempo e com grande profundidade, o imenso telescópio de 8,4 metros vai procurar lentes gravitacionais fracas para detectar a presença desta matéria.

As lentes fracas se formam quando a luz de uma galáxia ao fundo é distorcida por um objeto massivo em primeiro plano, o que ocorre em toda a parte do universo. Entretanto, esse fenômeno é muito sutil, e apenas instrumentos poderosos como o Vera Rubin podem encontrá-lo. Quando fizer isso, os cientistas vão saber que há um aglomerado de matéria escura no meio do caminho da luz emitida pela galáxia distorcida.

O jato em Júpiter duas vezes mais forte que furacão

O James Webb detectou um jato se movendo a alta velocidade na estratosfera de Júpiter, sobre a região equatorial, com o dobro da velocidade dos furacões que ocorrem aqui na Terra.

À esquerda, detalhes das nuvens na zona equatorial de Júpiter que sofreram perturbações pelo jato (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, R. Hueso (University of the Basque Country), I. de Pater (University of California, Berkeley), T. Fouchet (Observatory of Paris), L. Fletcher (University of Leicester), M. Wong (University of California, Berkeley), J. DePasquale (STScI)
À esquerda, detalhes das nuvens na zona equatorial de Júpiter que sofreram perturbações pelo jato (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, R. Hueso (University of the Basque Country), I. de Pater (University of California, Berkeley), T. Fouchet (Observatory of Paris), L. Fletcher (University of Leicester), M. Wong (University of California, Berkeley), J. DePasquale (STScI)

Além do Webb, os cientistas também usaram o Hubble para detectar pequenas estruturas nas nuvens que ajudaram a revelar o jato. Ao comparar as observações de ambos os telescópios, os pesquisadores puderam medir as mudanças de velocidade dos ventos de acordo com a altitude.

O novo atlas com imagens de 400 mil galáxias

Os pesquisadores do NOIRLab lançaram um atlas cósmico com as imagens e medições altamente precisas de quase 400.000 galáxias próximas da Via Láctea. O catálogo tem informações para ajudar qualquer cientista em suas pesquisas, além de estar disponível ao público interessado em apreciar a grande variedade das galáxias em nossa vizinhança.

Algumas das galáxias do atlas do NOIRLab (Imagem: Reprodução/CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA/J. Moustakas)
Algumas das galáxias do atlas do NOIRLab (Imagem: Reprodução/CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA/J. Moustakas)

Segundo um dos responsáveis pelo projeto, o impacto do atlas vai contribuir não só com investigação astronômica, “mas também na capacidade do público de ver e identificar galáxias relativamente próximas”.

*Com informações de Canal Tech

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