NOSTRADAMUS SABIA
Pois é, o místico e futurólogo Nostradamus já previra uma peste para os anos 2.000. Mas, na época, tão distante daquele ano previsto, era impossível estabelecer uma data certa. E assim, a “peste” chegou, sem dia nem hora marcada. E vamos nos adaptando às novas regras para enfrentá-la e, quem sabe, vencê-la. A luta é diária em qualquer lugar do mundo, com as regras e recomendações para prevení-la e vencê-la, mas como será depois? O que virá por aí? Ninguém sabe nem nunca saberá, pois, previsões só mesmo com Nostradamus, falecido no século XV.
Acho que podemos fazer, no máximo, um exercício de futurologia para a pós-pandemia e aí vale tudo. É verdade que vivemos dias muito sombrios, todo mundo recolhido e mascarado como se fôssemos bandidos guardados por um crime contra a humanidade que não cometemos, mas somos vitimas dele. Nossos tão amorosos gestos com familiares, parentes e amigos estão proibidos. Será que vamos continuar assim, vendo nossos avós, pais, filhos e netos somente na tela dos celulares e computadores? Vestidos e mascarados como bandidos, enclaururados em nossas casas como bichos peçonhentos e perigosos prontos para atacar e acabar com a humanidade? Acho seque não, somos seres gregários e extremamente carinhosos com nossos semelhantes e assim, vamos sair da cova e voltar a viver socialmente como se não houvesse acontecido nada. A capacidade de recuperação do ser humano é infinita. Nada o detém, nada o destrói. Vamos sair desta melhores do que quando entramos, com muito mais sabedoria e disposição para enfrentar qualquer outra peste. Hábitos, talvez, mais comedidos, pouco aventureiros, mas sempre corajosos para o que der e vier.
“Entonces vamos a vivir porque para dormir hay siglos”.
Roberto Hermeto Brandão – advogado e professor aposentado
Email: robertohbrandao@gmail.com