MPE pede que PF investigue adega que oferece vinho a R$ 22
Segundo o órgão, publicidade faz alusão ao número do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Órgão diz que promoção pode consistir em dar vantagens para obtenção de votos.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu que a Polícia Federal investigue uma adega que oferece vinhos a R$ 22, em Goiânia. De acordo com o órgão, a solicitação foi realizada, uma vez que a publicidade feita por meio das redes sociais do estabelecimento faz alusão direta ao número do candidato à reeleição para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL).
A solicitação foi realizada pelo promotor Haroldo Caetano e divulgada pelo Ministério Público nesta quarta-feira (19). O g1 tentou contato por telefone com o Empório Sete, que realiza a promoção, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A promoção foi anunciada no último dia 14 pelas redes sociais do empório. Na publicação, o empório anuncia uma “super seleção de vinhos” a ser vendida a R$ 22. Além do valor promocional, outro fator destacado pelo promotor foi a duração da promoção, que dura até o dia 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições.
O órgão também citou a linguagem visual utilizada pela empresa em suas mensagens publicitárias e aponta que o estabelecimento adotou as mesmas cores e linguagem visual usada por Jair Bolsonaro em sua candidatura.
Na solicitação, pede a apuração de quais rótulos de vinhos constavam da promoção, com a verificação de suas notas fiscais de compra pela empresa em questão. Segundo o Ministério Público Eleitoral o objetivo é a materialização da vantagem indevida oferecida ao eleitorado, em razão do preço “baixo e incomum” para esse tipo de bebida.
Ainda segundo o promotor, a empresa pode responder pelo crime previsto no artigo 299 da Lei Eleitoral, que prevê até 4 anos de reclusão e pagamento de 5 a 15 dias-multa: “Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.
Outros casos:
Em Araxá… uma Floricultura foi intimada por usar um Bolsonaro de Papelão na entrada da Loja …. Acredita?!?
*Com informações de G1