Merengue da Dominica
Depois de uma semana trancados num resort, especialmente reservado para o seminário de desenvolvimento internacional para formação de líderes latino-americanos, resolvemos tirar uma folga. Saímos para um passeio pelas belas praias adornadas com aldendróns, nossas conhecidas castanheiras, na tranquila cidade de Puerto Plata, na República Dominicana. Por toda a orla, as belas árvores misturadas com coqueiros e pequenos arbustos, sobre uma areia fina e branca, contornando o verde intenso do Mar do Caribe, um verdadeiro paraíso terrestre.
Ao longo do caminho começamos a provar as bebidinhas locais nos diversos bares à beira-mar: o rum puro e também misturado com água de coco; o famoso cuba libre, que já conhecíamos na desvairada noite paulistana dos anos cinquenta, que é o rum com coca-cola.
Assim fomos até chegar num terreiro, que é a melhor descrição do lugar: um cercado de ripas de madeira, chão de terra batida e uma banda ao fundo tocando merengues, música típica da Dominica.
Já bem animados com os tragos anteriores, nos lançamos no salão, Margarita e eu, para aprender a dançar o merengue. Ela, mestra na dança, pois originária da América Central, puxou-me pela cintura e entramos no terreiro. Só que a dança é um requebro sem fim, desses de descolar a bunda da cintura, como se você fosse quebrado da metade para baixo. Uma delícia, ritmada pelo contorcionismo perfeito provocado pelo rum e pelo ambiente contagiante.
Ao que parece, a ilha vive em plena festa com os ritmos caribenhos, que estão no ar em todos os lugares, numa mistura de rumba, conga, samba, mambo, merengue, salsa e tudo mais. Nas ruas, lojas, bares e restaurantes, sentimo-nos como se estivéssemos num grande salão com orquestras espalhadas por todo lugar, tocando continuamente.
O Caribe, na verdade, é uma festa! Tive a mesma sensação nas Bahamas, Jamaica, Puerto Rico, Barbados, Martinica, Guadalupe, St. Vincent e Trinidad&Tobago. Acho que até em Cuba a música é dominante, mas lá não fui.
Belo Horizonte.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca. Oscar Wilde
Roberto Hermeto Brandão – advogado e professor aposentado (robertohbrandao@gmail.com)