Mapeamento de Impacto: A etapa crucial para a criação de umPlano de Ação ESG

*Por Mariana Borges

Nos dias de hoje, a adoção de práticas sustentáveis e responsáveis tornou-se obrigatória para as empresas que buscam se manter competitivas e relevantes no mercado. No entanto, muitas organizações ainda se sentem perdidas ao iniciar essa jornada. O primeiro passo para a implementação eficaz de práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) é entender os impactos dessas áreas na sua empresa. Sem um entendimento claro dos impactos ambientais, sociais e de governança que elas geram, torna-se difícil definir um plano de ação eficiente. É nesse ponto que o mapeamento de impacto ESG se torna uma
ferramenta essencial, permitindo identificar e avaliar os impactos positivos e negativos gerados pela empresa. Com essa compreensão, é possível focar nas áreas que necessitam de mais atenção e aprimorar as práticas existentes.

Estruturando o Mapeamento de Impacto ESG
Durante o mapeamento, diversos critérios são avaliados. Por exemplo, no pilar Ambiental, são considerados a gestão de resíduos sólidos e as emissões de gases de efeito estufa. No pilar Social, avalia-se o bem-estar dos funcionários e o impacto nas comunidades locais. Já no pilar de Governança, examina-se a transparência e a ética nos negócios, entre muitos outros.

Ferramentas e Abordagens para o Mapeamento de Impacto ESG
Uma das ferramentas que utilizo, como consultoria, para o mapeamento de impacto ESG é a BIA (Business Impact Assessment) do Sistema B. A BIA é um questionário extenso, com mais de 10 mil perguntas, que são adaptadas de acordo com o setor, porte e segmento da empresa, além de seu nível de maturidade. As perguntas estão organizadas em cinco pilares: Governança, Colaboradores, Comunidade, Meio Ambiente e Clientes. Esta ferramenta foi elaborada para fornecer uma visão real das práticas da empresa e do seu modelo de negócio.

Usada de forma preditiva, a BIA é preenchida durante reuniões de diagnóstico, onde o consultor acompanha o cliente no preenchimento do formulário. Esse processo conduz o cliente a perceber as oportunidades de evolução, ajudando a identificar onde vale a pena investir e onde não vale, considerando o custo-benefício e a importância do item para a estratégia do negócio. É importante destacar que o consultor não influencia o cliente na definição das metas, mas ajuda a avaliar melhor para tomar decisões e definir metas de sustentabilidade que façam mais sentido para os objetivos do negócio.

Elaboração do Plano de Ação ESG
A partir da análise das respostas do mapeamento de impacto feito pela BIA, é possível propor um Plano de Ação ESG. Esse plano deve ser detalhado e eficaz, permitindo implementar políticas e práticas sustentáveis que melhorem a performance da empresa, atendendo às expectativas de investidores, clientes e outras partes interessadas.

Outras Abordagens e Ferramentas Relevantes
Além da BIA, existem outras abordagens e ferramentas que podem cumprir um papel semlhante no mapeamento de impacto ESG. Entre elas, destacam-se o GRI (Global Reporting Initiative), as normas ISO, o Pacto Global, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), o Instituto Ethos e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Cada uma dessas ferramentas possui características específicas, e a escolha da mais adequada deve ser feita com base nas necessidades e objetivos da empresa.

O mapeamento de impacto ESG é uma etapa fundamental na criação de um Plano de Ação ESG eficiente. Ao entender e avaliar os impactos gerados pela empresa, é possível definir um caminho claro para a implementação de práticas sustentáveis. Com isso, a empresa não apenas melhora sua performance, mas também atende às expectativas dos stakeholders, consolidando-se como uma organização responsável e competitiva no mercado.

*Artigo escrito por Mariana Borges, Designer de Negócios Sustentáveis e Conselheira Nacional do Movimento Nacional ODS (MNODS).

Serviço: Mariana Borges apoia profissionais e empresas na criação e adoção de estratégias sustentáveis, que gerem melhores resultados nas organizações, equipes mais engajadas e impacto positivo na sociedade.

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