Mamonas Assassinas retorna à Brasília, agora em longa-metragem
O último show dos Mamonas Assassinas foi em 2 de março de 1996, no Ginásio Mané Garrincha, em Brasília. Na volta para casa, Guarulhos, um desastre aéreo leva um dos maiores fenômenos musicais brasileiros de todos os tempos.
E seu retorno à Capital Federal será em formato de longa-metragem no dia 28 de dezembro de 2023. Uma cinebiografia da icônica banda que leva ao público uma verdadeira experiência musical. Já que o filme tem tratamento de áudio e imagem que traz a sensação de estar dentro de um espetáculo do grupo. Assista ao trailer aqui.
O longa, de 95 minutos, produzido por Marcos Didonet, Vilma Lustosa e Walkiria Barbosa, da Total Entertainment, tem direção de Edson Spinello. O filme foi gravado em Guarulhos, entre fevereiro e março de 2023, mixado em novembro de 2023 e será distribuído pela Imagem Filmes. No elenco, estão: Ruy Brissac, interpretando Dinho; Rhener Freitas, como Sérgio Reoli; Adriano Tunes, Samuel Reoli; Robson Lima, Júlio Rasec; e Beto Hinoto, faz Bento.
Uma história de transformação
Em 1990, Dinho (voz), Sérgio (bateria), Samuel (baixo elétrico), Julio (teclados) e Bento (violão), jovens com pouca grana que moravam em Guarulhos (SP), nem imaginavam que em um curto espaço de tempo explodiriam como o maior fenômeno musical brasileiro da década, os Mamonas Assassinas.
Eles eram típicos garotos de classe média baixa de Guarulhos. Viviam próximos, na área que compreende o conjunto habitacional conhecido como CECAP, no miolo da cidade de Guarulhos e bem embaixo da rota dos aviões do aeroporto internacional.
Sérgio e Samuel, irmãos, primeiro criaram o Ponte Aérea, um banda cover que tocava em Churrascarias. Com a chedada de Bento e de um tecladista, montaram o Utopia, que não ganhou destaque na mídia, mas formou um público fiel no circuito alternativo da cidade. Num determinado show, aceitaram cantar o que o público pedia, mas ao chegarem numa música em inglês perguntaram se alguém da plateia sabia a letra. Um rapaz magro e animado gritou se levantando: “- Eu, eu!”, era Dinho. Seu carisma ficou evidente, o público adorou.
Demorou para Sérgio ser convencido a aceitar Dinho no conjunto, mas finalmente admitiu que ele seria um bom acréscimo. Começaram a fazer shows no interior de São Paulo, ampliando o raio de ação, o que era um problema para manterem seus empregos. Resolveram juntar dinheiro para gravar um disco independente. Conheceram o produtor musical Enrico Costa, Rico, que gostou dos rapazes e da música, mas tinha alguns conselhos que não foram bem recebidos, de começo.
O disco saiu e foi um fracasso. Os rapazes pensaram em focar em outra coisa e deram ouvidos ao Rico. Ele apontou que as músicas autorais, que usavam para aquecer, eram mais interessantes que as do disco. Que o humor, o deboche inteligente e moderno eram o melhor que eles tinham e deviam focar nesse caminho. A partir daí, nascia o Mamonas Assassinas.
Um diretor de uma grande gravadora, amigo de Rico, concordou em assistir a um show montado especialmente para ele e, aparentemente, começava ali um conto de fadas. O disco estourou e pegou o Brasil de surpresa. Crianças e jovens adoravam o conjunto desbocado, divertido e crítico de tudo.
A transformação de office boys em estrelas da mídia teve seus momentos difíceis, com choques entre os integrantes do grupo. Mas sobreviveu ao sucesso e não rachou como muitos esperavam. Foi um caminho às vezes doloroso, mas tudo estava resolvido quando foram para Brasília, encerrar a turnê. E no voo que os levaria de volta pra casa, o avião se chocou contra um dos morros que circundam o aeroporto de Guarulhos. Na semana seguinte, iriam dar início à carreira internacional com uma turnê. Os rapazes faleceram e nasceu o mito.
Serviço:
Pré-estreia para convidados: 21 de dezembro 2023
Cinema: Cine Cultura Liberty Mall (Liberty Mall – SCN Quadra 2, loja 200)
Cabine, para jornalistas: às 10h
Sessões simultâneas, em quatro salas, às 20h30
Ficha técnica
Direção: Edson Spinello
1º Assistente de direção: Leonardo Dias
2º Assistente de direção: Carolina Lacerda
3º Assistente de direção: Layla Brizola
Diretor de fotografia: Pedro Iorio
Figurino: Heitor Taddeo Ramaglio
Maquiagem: Lucas Martins
Produção de elenco: Solange Jovino e Tate Costa
Som direto: Zezé D’Alice
Roteiro original: Carlos Lombardi
Colaboradores de roteiro: Carlos Amorim e Jessica Leite
Line producer: Marcelo Torres
Produção executiva: Marcos Didonet, Vilma Lustosa e Walkiria Barbosa
Produtores: Marcos Didonet, Vilma Lustosa e Walkiria Barbosa
Coprodução: Mamonas Assassinas Produções
Produção: Total Entertainment
Distribuição: Imagem Filmes
Elenco
Ruy Brissac: Dinho
Rhener Freitas: Sérgio Reoli
Adriano Tunes: Samuel Reoli
Robson Lima: Júlio Rasec
Beto Hinoto: Bento
Fefe Schneider: Adriana
Jessica Córes:Claudia
Jarbas Homem de Mello: Hildebrando
Guta Ruiz: Célia
Joãozinho: Marcos
Isa Prezoto: Grace Kelly
Ton Prado: Enrico Costa
Nadine Gerloff: Fânia
Patrick Amstalden: Zaca