Mais vale um mecânico louco que um picareta

Faaala perdidos apimentados do meu Brasil! Hoje venho aqui falar sobre o mecânico mais louco que já conheci.

Como a maioria dos nosso leitores assíduos já sabe, eu, William, tenho uma história com um  Palio 1.0 16v EX desde zero. E, como todo carro, ele envelheceu e precisou passar por manutenções corretivas ao longo da sua vida. Como de costume, infelizmente, passamos por muitos mecânicos picaretas e lambões.

Acontece que meu carro teve um problema misterioso há uns 12 anos e, depois de diversas tentativas com um mecânico maldito, resolvi levar num dos profissionais mais cômicos que eu já conheci. Não, o Vilson ainda não estava disponível para me ajudar, mas essa peça rara lembra muito o nosso querido mecânico.

O problema em si era relativamente simples: ao frear, o carro puxava para o lado esquerdo. O mecânico picareta verificou alinhamento de direção, folgas na suspensão e freios. Bom, pelo menos disse que verificou. Eu desconfiei da sua falta de profissionalismo (para não falar outra coisa…), e levei em uma oficina de alinhamento na qual confiava. Dado o veredito: não era alinhamento nem folga. O problema estava no freio.

Depois da minha saga com os péssimos profissionais do ramo, Antonio me indicou o Maionese (codinome, vamos proteger sua real identidade). Depois de analisar o veículo parado, saímos para um test drive. Talvez o mais insano da minha vida.

Maionese saiu por algumas ruas residenciais, dirigindo o Palio. Acelerava até o limite da via e socava o pé no freio. Após constatar que o carro realmente puxava, ele fez o teste final: queria saber se as rodas traseiras travavam. Como? Fácil! Ele acelerava até 50, 60 km/h, abria a porta, colocava meio corpo para fora do carro para ver a roda traseira, e então freava com toda a força. Após ver que a roda traseira esquerda travava, pediu para eu fazer o mesmo do lado direito. Lógico… Que eu disse NÃO!

Depois de 4 ou 5 derretimentos dos meus Pirelli P6000 novíssimos, o profissional voltou a mecânica com o diagnóstico: os freios traseiros estavam desregulados, fazendo com que houvesse frenagem desigual, e assim o carro puxava para o lado esquerdo.

Obviamente a minha posição de carona e patrocinador dos pneus não ficou contente durante os testes dinâmicos, porém o diagnóstico preciso valeu o desgaste desnecessários dos meus pneumáticos.

Onde eu quero chegar? Mais vale um mecânico maluco e profissional do que um aparentemente normal, mas picareta que só troca peças e não resolve os problemas!

William Marinho – Engenheiro mecânico e entusiasta do mercado automotivo.

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