Itália bate recorde de cidadãos ultracentenários

Número aumentou em 2 mil pessoas entre 2022 e 2023

O número de ultracentenários na Itália atingiu o nível mais alto na história, chegando a 22 mil pessoas em 1º de janeiro de 2023, um aumento de mais de 2 mil em relação a 2022.

A população acima dos 100 anos de idade é composta principalmente por mulheres, mais de 80%, segundo o Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat).

Os cenários demográficos preveem um aumento consistente dessa faixa etária: em 2041, a população acima dos 80 anos vai superar os 6 milhões de pessoas, e o grupo acima dos 90 anos vai chegar a 1,4 milhão.

“O aumento do número de ultracentenários demonstra que a população não só está envelhecendo, como está envelhecendo bem, de maneira positiva e ativa”, explicou o presidente da Sociedade Italiana de Gerontologia e Geriatria, Andrea Ungar.

Para o especialista “ter tantos ultracentenários pode ser um grande modelo de estudo para o envelhecimento e, portanto, um recurso do ponto de vista científico”.

Segundo ele, para passar dos 90 e dos 100 anos, a pessoa deve ser “particularmente saudável até uma idade muito avançada”. “O centenário é uma pessoa plenamente ativa e em plenas capacidades até pelo menos os 85 anos de idade. Embora o prolongamento da vida coloque o problema da fragilidade, a maioria dos idosos envelhece bem na Itália”, disse Ungar.

Já o presidente da Sociedade Italiana de Cardiologia Geriátrica, Niccolò Marchionni, falou sobre o uso de um novo termo: “É possível usar ‘quinta idade’, a partir dos 90 anos.

Não parece que há perspectivas de mudar a expectativa de vida máxima, cerca de 120 anos, mas estamos aumentando o número de pessoas que se aproximam desse limite”.

As razões do envelhecimento, para o médico, são ambientais e genéticas. “Os genes impactam em até 30%, o restante é o estilo de vida. Principalmente uma dieta mediterrânea, com poucas calorias, rica em frutas, verduras e ômega 3. Entre as condições em comum entre os super centenários estão manter relações sociais, viver em casa própria e evitar o sedentarismo”, elencou. .

*Com informações de Terra

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