INTELIGÊNCIA GERAL: POR QUÊ ALGUNS SÃO MAIS INTELIGENTES QUE OUTROS?
É comum ouvir que uma pessoa é mais inteligente do que a outra. Porém, o que define o nível de inteligência? Quais critérios são observados para qualificar um indivíduo como intelectualmente superior a outro? Para responder aos questionamentos, desenvolvi, juntamente com a biomédica Nathália Barth e a neuropsicóloga Leninha Wagner, um artigo científico, recentemente publicado na Bio Innovation, para avaliar a inteligência geral.
Nele, destacamos que alguns indivíduos possuem o desenvolvimento cerebral mais eficiente do que de outros, e tais variações são determinadas através da inteligência lógica, que influencia no tipo de inteligência de cada um, além de fatores genéticos. Vale ressaltar que a psicologia considera dois tipos de inteligência: cristalizada e fluida.
A primeira está relacionada ao conhecimento e experiência anteriores e reflete a cognição verbal e é influenciada pela estrutura cortical e da espessura cortical em áreas laterais dos lobos temporais e do polo temporal.
Enquanto a inteligência fluida, ligada à atividade neural nas regiões pré-frontal e parietal lateral, está relacionada ao raciocínio, atenção e memória.
Para avaliar a participação genética na inteligência, uma vez que “percentual de genes que produzem proteínas funcionais está implicada em diversas funções neuronais”, foi utilizado estudos que mostram que genes, associados aos neurônios principais do córtex e mesencéfalo, indicam haver relação da função e a estrutura da célula piramidal à inteligência humana.
A avaliação
Existem diversos recursos para analisar a inteligência de um indivíduo, como imagem cerebral que investiga a estrutura e funções do cérebro, mas é sabido que a inteligência tem grande participação genética.
Quando observadas neuroimagens, é possível identificar melhores e maiores conexões na região branca e cinzenta do cérebro. Porém, não apenas o volume e espessura da substância cinzenta do cérebro que tem relação com a inteligência.
Deste modo, concluiu-se que pode haver relação da função e a estrutura da célula piramidal à inteligência humana relativo ao tamanho dendrítico e velocidade do potencial de ação e o QI.
Logo, o fator genético serve como precursor para o desenvolvimento da inteligência e uma boa dieta assim como prática de exercícios físicos e atividades lúdicas na infância, são fatores importantes para que a região do córtex pré-frontal, responsável pela lógica, prevenção e tomada de decisões possa comprometer o bom desenvolvimento de regiões no cérebro relacionadas às demais inteligências.
O artigo original foi publicado na revista científica Bio Innovation.
*Com informações do Mega Curioso