Instagram terá de volta feed cronológico em 2022
Mudança vem após série de debate sobre seus algoritmos, especialmente para crianças e adolescentes
Uma das mecânicas mais aguardadas pelos usuários do Instagram pode voltar após cinco anos. Em uma audiência no Senado americano, Adam Mosseri, chefe do Instagram, disse que apoia “dar às pessoas a opção de ter uma alimentação cronológica”.
“No momento, estamos trabalhando em uma versão de um feed cronológico que esperamos lançar no próximo ano”, disse Mosseri, acrescentando que a empresa está trabalhando no recurso “há meses”. Ele não compartilhou detalhes adicionais sobre como essa função seria ativada, mas disse que a empresa está “visando o primeiro trimestre do próximo ano” para um lançamento.
As palavras de Mosseri soam controversas, visto que o próprio aplicativo defende o feed no formato de algoritmo. Inclusive com o próprio chefe da rede social escreveu em junho deste ano que um feed cronológico tornou “impossível para a maioria das pessoas ver tudo, muito menos todos os posts que eles se importavam”. Ele disse que a alimentação cronológica resultou em pessoas “desaparecidas” a maioria dos posts em seu feed em 2016.
Após as falas do CEO da empresa, o próprio Instagram confirmou a informação através das redes sociais.
“Queremos que as pessoas tenham um controle significativo sobre sua experiência. Experimentamos os Favoritos, uma forma de você decidir quais postagens deseja ver na parte superior, e estamos trabalhando em outra opção para ver as postagens das pessoas que você segue em ordem cronológica. Queremos deixar claro que estamos criando novas opções – fornecendo às pessoas mais opções para que possam decidir o que funciona melhor para elas – não mudando todos de volta para um feed cronológico. Você pode esperar mais neste início do próximo ano”, disse em comunicado.
Durante o depoimento, Mosseri defendeu a criação de um novo órgão que determinaria as melhores práticas para garantir a segurança de crianças na internet. O diretor do Instagram explicou que a estrutura avaliaria como verificar a idade, como projetar experiências adequadas a cada idade e como criar controles parentais. “Há quase três anos pedimos regulações atualizadas. Na minha visão, não há área mais importante do que a segurança dos jovens”, disse o executivo em documento enviado ao Congresso americano.
Para Mosseri, esse órgão deveria receber contribuições da sociedade civil, pais e reguladores para criar padrões e proteções universais. “Acredito que empresas como a nossa devam aderir a esses padrões para obter algumas de nossas proteções da Seção 230 (legislação americana que determina responsabilidades sobre conteúdo na internet)”, disse o executivo na carta.
*Com informações do Mundo Conectado