Infância
Por Julyana Almeida
Enquanto as crianças deveriam estar se divertindo em um mundo de brincadeiras e risadas, parece que estão carregando uma mochila cheia de problemas de adultos. Ansiedade, tédio, raiva e todos os divertidamente juntos em cabecinhas que não estão prontas para lidar com tanta coisa ao mesmo tempo.
Imagine só: ao invés de brincar de esconde-esconde, elas estão se escondendo de suas próprias ansiedades! É como se, em vez de correr atrás de um balão, estivessem correndo atrás de um diploma em gerenciamento de estresse. E quem diria que a hora do lanche se tornaria um momento de reflexão profunda sobre a vida? “Por que a mamãe está tão estressada? Será que eu também deveria me preocupar com isso?” Ah, a inocência perdida!
E não para por aí! O medo, que deveria ser apenas o que se sente ao ver um filme de terror, agora se transformou em um companheiro constante. As crianças olham para o escuro e, em vez de imaginar monstros debaixo da cama, pensam em contas a pagar e prazos a cumprir. É como se elas tivessem um mini-adulto dentro delas, sempre lembrando que a vida não é só diversão. E a raiva? Ah, essa é uma emoção que elas expressam com a mesma intensidade que mostram ao perder um jogo de vídeo game. “Por que o mundo é tão injusto?”, elas gritam, enquanto tentam entender por que não podem simplesmente ter um dia de folga como os adultos.
Sem as telas, o tédio toma conta de tudo e se torna o verdadeiro vilão da história! As crianças, que deveriam estar inventando novas brincadeiras, agora se sentem entediadas com a rotina e as responsabilidades que, de alguma forma, acabaram absorvendo. “Eu não tenho nada pra fazer!”, elas falam o tempo todo, enquanto tentam encontrar uma maneira de lidar com a pressão de ser de se distrair do mundo adulto. No final das contas, talvez seja hora de os adultos olharem para si mesmos e perceberem que, em vez de passar suas preocupações para as crianças, deveriam aprender com elas a arte de simplesmente brincar e aproveitar a vida! Afinal, quem disse que crescer precisa ser tão sério?

*Artigo escrito por Julyana Almeida
Jornalista, mãe de 3 crianças lindas e disposta a compartilhar as loucuras e gostosuras da maternidade.
Instagram: https://www.instagram.com/rabiscosdeumamae