Indiana Jones e a Relíquia do Destino │ 5 motivos para assistir ao novo filme

Depois de 15 anos, Harrison Ford volta a vestir o chapéu e a empunhar seu chicote em Indiana Jones e a Relíquia do Destino. O quinto filme da franquia acaba de chegar em um misto de celebração e despedida de uma das franquias mais icônicas do cinema. Afinal, é o último capítulo da saga do aventureiro mais famoso do mundo e isso já é motivo o suficiente para fazê-lo conferir o longa.

Mas nem tudo é melancolia. Embora tom de despedida seja predominante dentro e fora das telas, o longa traz várias novidades que também merecem sua atenção. O simples fato de ser o primeiro título da série a não ser dirigido por Steven Spielberg é um belo exemplo disso, até porque o cineasta James Mangold (Logan) demonstrou um respeito incrível ao mesmo tempo em que aplicou sua assinatura na história.

A Relíquia do Destino é uma despedida digna de Indiana Jones e merece seu ingresso (Imagem: Divulgação/Lucasfilm)

Ao mesmo tempo, temos novos personagens e o retorno de alguns velhos conhecidos nessa mistura de novidade e nostalgia — tudo muito bem dosado e feito para conquistar o público tanto pelo coração quanto pela adrenalina.

Só que, se você ainda está em dúvida se o retorno do velho Indy vale ou não o seu ingresso, saiba que há outras razões que você precisa ver em Indiana Jones e a Relíquia do Destino.

5. Despedida do herói

Filme traz tom melancólico com herói velho, cansado e amargurado (Imagem: Divulgação/Lucasfilm)

Como dito, o filme é uma grande despedida a Indiana Jones. Isso significa que será a última vez que você verá Harrison Ford vivendo o icônico herói — o que, por si só, já é algo que nos pega de jeito. Só que, mais do que isso, o próprio roteiro trabalha muito bem esse sentimento de finitude costurando a nossa própria despedida com a história do herói encarando o crepúsculo dos seus dias.

A trama gira em torno de Indy encarando o peso da idade e vendo o tempo como esse adversário impossível de ser superado. Às vésperas de se aposentar, o explorador octogenário rumina os próprios fracassos e arrependimentos ao mesmo tempo em que se sente deslocado do mundo à sua volta. Para o protagonista, ele é uma antiguidade que não pertence mais àquele tempo.

Esse tom melancólico dialoga bem tanto com a existência de um personagem vulnerável assim em um contexto de super-heróis e com a própria jornada de Harrison Ford em frente às câmeras. Depois de mais de quatro décadas sendo um dos ícones do cinema de ação, o astro também se despede desse protagonista tão amado — e é impossível não se deixar levar pela emoção com tudo isso em jogo.

4. Phoebe Waller-Bridge está ótima

Perosnagem de Phoebe Waller-Bridge é uma das melhores coisas do filme (Imagem: Divulgação/Lucasfilm)

Só que Indiana Jones e a Relíquia do Destino não é um drama existencial, mas uma divertida aventura como a série sempre foi. E a responsável por jogar o astral lá pro alto é Helena, a sobrinha do protagonista excepcionalmente interpretada por Phoebe Waller-Bridge.

A personagem é um Indy às avessas. Embora tenha um conhecimento equivalente ao de seu padrinho e seja tão perspicaz quanto ele, Helena não tem essa visão romântica da aventura e usa suas habilidades muito mais como uma ladra do que uma arqueóloga.

E é essa postura tão oposta à de Indiana Jones é que surge a ótima dinâmica existente entre eles. Waller-Bridge entrega uma atuação incrível e faz com que a personagem seja a melhor coisa do filme com certa folga. Mesmo discordando de tudo o que ela faz e faz, é impossível não se apaixonar por essa pilantra.

3. Aventura à moda antiga

A Relíquia do Destino relembra como é ter um herói vulnerável e humano (Imagem: Divulgação/Lucasfilm)

Como dito, James Mangold é o primeiro diretor a assumir a série Indiana Jones para além de Steven Spielberg, que comandou os quatro primeiros filmes da saga. E é incrível ver como o diretor de Logan conseguiu recriar o espírito da franquia com muita facilidade, demonstrando todo o carinho e respeito que a trama exige.

Tanto que A Relíquia do Destino começa no melhor estilo Caçadores da Arca Perdida ou A Última Cruzada, com Indy no meio da ação, dando soco na cara de nazista e tendo que se infiltrar em meio ao exército inimigo enquanto busca uma relíquia perdida — e tudo com aquele jeito meio charmoso e trapalhão que ele fazia tão bem nos anos 1980.

E não se trata apenas de algo nostálgico — já vamos falar sobre isso —, mas da incrível habilidade de Mangold de recriar esse espírito de aventura que se perdeu no cinema. Temos um herói que se machuca, se quebra e que está constantemente em risco e não uma máquina imparável que quebra tudo por onde passa e que parece ser invulnerável a qualquer ameaça.

É essa fragilidade que torna Indiana Jones tão interessante, pois é a sensação de que tudo pode dar errado a qualquer momento que nos envolve e cativa ao longo de toda a história. É um tipo de história que fazia muita falta nos filmes.

2. Saudosista sem ser apelativo

Embora traga um Indiana Jones rejuvenescido, filme não se apoia na muleta do saudosismo para funcionar (Imagem: Divulgação/Lucasfilm)

E é claro que Indiana Jones e a Relíquia do Destino vai tentar laçar o público pela nostalgia. Na verdade, é até uma obrigação do longa, principalmente quando a icônica trilha sonora de John Williams começa a tocar. Mas não pensar que a experiência inteira se baseia nesse saudosismo.

O sentimento está presente, mas de forma muito pontual e não é uma muleta na qual o diretor se apoia com frequência. É uma nostalgia que aparece aqui e ali quase como uma representação do chamado da aventura, aquele ímpeto de se jogar em direção ao desconhecido.

Ainda assim, o longa brilha por méritos próprios e esse é seu maior acerto. A história é boa, trabalha muito bem temas dentro e fora do roteiro e tem um elenco incrível que apresenta uma sinergia impressionante. Tudo é tão bem conduzido que o saudosismo é só a cereja no topo do bolo, aquele toque a mais em algo que já estava muito bom.

1. Encerramento da franquia

Vamos sentir saudades, Indy (Imagem: Divulgação/Lucasfilm)

E não há motivo melhor para fazê-lo ir ao cinema do que a despedida de um ícone. Embora Harrison Ford siga firme e forte em novas produções — ele está prestes a estrear no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) —, nunca mais o veremos com esse característico chapéu, usando seu lendário chicote e fazendo aquilo que sabe de melhor: dando porrada em nazista. É uma era que chega ao fim bem diante de nossos olhos.

Como mencionado, a história trabalha muito bem esse tom de fechamento de ciclo ao mostrar que, apesar dos erros e fracassos que marcam a vida do protagonista, ele viveu uma boa vida e está muito longe de ser esse herói obsoleto. É uma aventura protagonizada por um idoso que empolga e diverte tanto (ou até mais) do que muito garoto anda fazendo por aí — e estou olhando para você, Uncharted.

É um encerramento respeitoso que reverencia o legado desse ícone e mostra que não há problema algum em se pendurar o chapéu.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino está disponível nos cinemas de todo o país.

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