Hackear sonhos? Pesquisadores criam dispositivo capaz de manipular sonhos
Invadir sonhos pode parecer uma ideia um pouco louca ou até mesmo tirada de um filme surreal dirigido por Christopher Nolan, mas um grupo de pesquisadores criou um sistema que basicamente faz isso
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) está trabalhando em uma tecnologia vestível de código aberto que pode rastrear e interagir com sonhos de várias maneiras –em outras palavras, eles estão desenvolvendo um dispositivo para invadir sonhos. Um pouco bizarro, né?
A tecnologia consiste em uma espécie de luva batizada pelos pesquisadores como Dormio, que possui uma série de sensores para monitorar o tônus muscular, a frequência cardíaca e a condutância da pele dos indivíduos. Com estes dados é possível saber em qual estado de sono o usuário está.
A manipulação de sonhos é possível, desde que aconteça numa fase específica do sono. É o que aponta o estudo realizado pelos cientistas que desenvolveram o dispositivo capaz de induzir e registrar os sonhos de 49 voluntários.
O experimento ocorreu em três etapas:
- O sensor chamado Dormio foi colocado pelos pesquisadores no pulso dos participantes. Semelhante a uma luva, o aparelho é capaz de reconhecer, por meio de sinais fisiológicos, se a pessoa está adormecida;
- Enquanto os voluntários pegavam no sono, um aplicativo emitia repetidas vezes a mensagem “lembre-se de pensar em árvores”. Este foi o tema escolhido pelos cientistas para conduzir o estudo;
- Passados alguns minutos de sono, o Dormio vibrava para despertar os voluntários. Então, era solicitado que eles narrassem o que haviam sonhado e voltassem a dormir.
De acordo com os pesquisadores, quando as pessoas acordavam, elas se lembravam de terem sonhado com coisas similares (ou relacionadas) às sugestões tocadas pelo robô.
É importante ressaltar que o sistema desenvolvido pelos pesquisadores do MIT permite sugerir com o que sonhar, mas não as ações ou desfecho do sonho. É como se o sistema conseguisse influenciar o tema do enredo, mas não seu desenrolar. Essa parte fica por conta da mente do voluntário.
O que você achou disso? Parece um pouco Black Mirror, né?
*Redação Revista Pepper