Entrevista com Paco Brito

Hoje nossa entrevista é com o atual vice governador, Paco Brito. Nessas eleições ele será candidato à deputado distrital.

O que o levou a apresentar sua pré-candidatura ao cargo de Deputado Distrital?

Sempre atuei na política do DF desde a época de Joaquim Roriz. Fui secretário no governo de Maria de Lourdes Abadia, presidente de partido, e agora vice-governador. Tive a oportunidade de ter uma visão macro do Distrito Federal e sempre entendi que a vida pública só faz sentido se for exercida com um intuito: servir a população. E é essa a minha missão. No Executivo, pude fazer muito pelas pessoas, estive em todas as cidades do DF e ouvi de perto a demanda do povo. Agora, senti que é o momento de levar toda essa bagagem para compartilhar com outros 23 colegas na Casa de Leis e ajudar o governador Ibaneis Rocha em seu segundo mandato.

Quais são os principais pontos que pretende defender na Câmara Legislativa do Distrito Federal?

Justamente por ter uma visão macro do DF, sei que a atuação que terei também deverá ser macro. A população quer serviços melhores. Quer saúde melhor, educação melhor, transporte melhor, segurança melhor. Chegarei na Câmara com todas essas bandeiras que não são minhas, são bandeiras do povo. Alguns trabalhos que desenvolvi como vice nessa gestão também devem ganhar corpo quando eu estiver no Legislativo. Vou dar um exemplo: A vice-governadoria criou um projeto para que vans façam o transporte de pessoas com deficiência para consultas, gratuitamente. Na câmara, pretendo ampliar e melhorar essa ideia e transformá-la em lei.

Que ações você pretende desenvolver na Câmara Legislativa do DF?

Serão várias. Todas focadas nas demandas que ouvi do povo em minhas andanças pelas cidades do DF, focado em diversas áreas e para todas as pessoas. Como vice, tive o poder de regulamentar a Lei do “X” vermelho, que garante socorro às mulheres vítimas de violência doméstica. Sobre este assunto, podemos avançar ainda mais com a criação de políticas públicas voltadas ao combate da violência contra as mulheres, além da criação de cursos profissionalizantes específicos para essas mulheres. Claro que estou citando apenas uma das ações, mas são centenas. Quem acompanha minha trajetória na vida política sabe que sou uma pessoa trabalhadora e focada na melhoria de vida da população. É o que busco nesta nova etapa da minha história.

Em sua experiência profissional, já teve oportunidade de implementar alguma de suas ideias?

Muitas. O projeto das vans para pessoas com deficiência, que falei a pouco, foi uma delas. Outra, que me dá muito orgulho, foi a entrega de dois hospitais acoplados para o DF, sem um centavo de dinheiro público: um construído em Ceilândia e outro em Samambaia. Articulei junto a empresários locais e nacionais a doação de recursos para que estes hospitais fossem erguidos. São hospitais somam quase 200 leitos e que ficaram como legado para a população.

Qual será o seu papel na atual política?

O papel de um deputado distrital é muito claro: criar leis para que a sociedade conviva harmoniosamente, criar o debate junto à sociedade e aos colegas de parlamento para apontar soluções para os anseios da cidade e fiscalizar o Executivo. O meu papel na atual política vai ser o de atuar em todas essas frentes para que consigamos resgatar a nossa Capital dos sonhos.

Não acha exagerado o número de assessores e mordomias dos deputados em geral? No seu mandato, o que será feito a respeito disso?

O grande problema dentro de qualquer equipe, seja em uma empresa, no governo ou nem um gabinete parlamentar é não conseguir atingir os objetivos. Quando você tem uma estrutura comprometida com a população, com a ideia de melhorar a vida das pessoas, você tem uma equipe formada por gente dedicada, que trabalha de verdade. E, sendo assim, não vejo problema em um parlamentar ter a sua equipe de trabalho. No meu mandato, assim como faço na minha casa, na minha vida pessoal e na minha vida pública, vou continuar zelando pelos recursos, principalmente os recursos públicos. Até hoje, nunca tive em minha equipe pessoas que não trabalhavam e jamais transformei qualquer cargo que ocupei nos chamados “cabides de emprego”. Eu trabalho bastante e todos os que me cercam trabalham juntamente comigo.

Há candidatos que pretendem doar grande parte do salário para causas sociais. Qual sua opinião sobre isso?

Acho que cada um tem o direito de fazer o que quiser do salário. Salários é a retribuição dada ao trabalhador por seus serviços. Se um futuro colega de parlamento puder doar parte do salário para causas sociais, serei o primeiro a aplaudir. Como católico, sou uma pessoa bem atuante nas causas sociais, independentemente de estar na política ou não. É pessoal. Eu, minha esposa Ana Paula, e meus três filhos, Catharina, Cristiano e Flávio. Fazer o bem é gratificante e para mim, como cristão, necessário.

Como Deputado, quais são os princípios que sua profissão pode exercer para o bem estar da população?

Quando um deputado cumpre seu papel fiscalizador, ele garante que a população esteja sendo atendida da forma que merece. A fiscalização é importante pois faz com que o povo tenha de volta o que paga em impostos. Quando um deputado cria e aprova leis que beneficiam a população, ele também está garantindo qualidade de vida, bem-estar e dignidade ao cidadão. Quando um deputado promove uma audiência pública, ele chama a população para dentro do parlamento e dá voz a ela. Tudo isso são processos legislativos importantes que levam melhorias para a população.

Em meio a divisão política para o cargo de presidente, como os pré-candidatos precisam lidar com essa situação sem prejudicar a candidatura?

Na política, cada pessoa tem a sua ideologia, o candidato que, para ela, o representa melhor, tem as melhores propostas. E isso é o mais fascinante do nosso regime: a democracia. Todos têm o direito de escolher em quem vão votar e respeitar esse direito é importante. Eu peço o voto das pessoas para minha candidatura a distrital, independente se elas vão votar em “A” ou “B” para presidente.