Entrevista com João D’arc

Hoje nossa entrevista é com o candidato a Deputado Distrital João D’arc do Partido Novo.

O que o levou a apresentar sua candidatura ao cargo de Deputado Distrital?
A indignação em ver como o dinheiro público é mal aproveitado, enquanto os serviços públicos permanecem de má qualidade, e saber que o brasileiro já paga impostos no nível da Europa.

Quais são os principais pontos que pretende defender na Câmara Legislativa do Distrito Federal?

  • menos dinheiro pra político e mais pra população: podemos cortar gastos dos parlamentares pra reverter em reformas de hospitais e escolas;
  • investir em tecnologia para melhorar a eficiência dos serviços públicos, entregando mais serviços a um custo menor;
  • redução de impostos sobre o consumo, especialmente itens de primeira necessidade, como remédios, cesta básica, vestuário.

Que ações você pretende desenvolver na Câmara Legislativa do DF?

  • resgatar o PL Câmara Mais Barata, que colheu mais de 25 mil assinaturas da população, mas os deputados engavetaram;
  • economizar no mínimo 1 milhão ao ano, cortando as verbas de gabinete, auxílios, e esses absurdos que os deputados têm direito, a fim de reverter isso na lei orçamentária para reformas de hospitais e escolas;
  • promover o incentivo da tecnologia no DF, para aumentar a empregabilidade no mercado de trabalho, e também na Administração Pública, para conseguirmos serviços mais eficientes.

Em sua experiência profissional, já teve oportunidade de implementar alguma de suas ideias?
Sim. Ano passado, em meio à pandemia, deputados da Alepe tentaram gastar 6 milhões do dinheiro público, o nosso dinheiro, para alugar carros de luxo pra eles, SUV turbodiesel. Um completo absurdo se pensar que a Saúde estava mega necessitada.
Nisso, entramos com uma Ação Popular no Poder Judiciário e conseguimos barrar esse absurdo.
Dinheiro público é pra ser usado com a população, não para sustentar regalias de deputado.

Qual será o seu papel na atual política?
Mostrar que é possível fazer um mandato eficiente, sem regalias e atendendo as necessidades da população. Mostrar que merecemos e podemos ter políticos como na Suécia, que não aceitam esse tipo de abuso com o dinheiro público.

Não acha exagerado o número de assessores e mordomias dos deputados em geral? No seu mandato, o que será feito a respeito disso?
É um completo absurdo.
Em números, cada deputado pode ter até 23 assessores, ao total de aproximadamente 180 mil reais ao mês, além dos auxílios moradia, gasolina, aluguel de carro, telefone, etc, ao custo de mais 15 mil por mês.
Eu vou recusar todos os auxílios, e reduzir no mínimo o gabinete à metade, economizando mais de 1 milhão por ano só no meu gabinete.

Há candidatos que pretendem doar grande parte do salário para causas sociais. Qual sua opinião sobre isso?
É algo que eu já costumo fazer desde muito tempo.
Não gosto de divulgar, pois acho que perde um pouco do intuito, já que o objetivo é trazer conforto e melhorar ao máximo a situação de quem está em condições vulneráveis, não promover a própria imagem.

Como Deputado, quais são os princípios que sua profissão pode exercer para o bem estar da população?

  • dinheiro público é para ser usado com o cidadão, não para o conforto do deputado;
  • eficiência nos gastos é importante, pois o dinheiro público não é infinito, precisamos alcançar o máximo de pessoas possível com determinada verba;
  • o servidor público precisa ter maior segurança para denunciar irregularidades, só assim a fiscalização poderá chegar mais longe

Em meio a divisão política para o cargo de presidente, como os candidatos precisam lidar com essa situação sem prejudicar a candidatura?
Infelizmente parte considerável das pessoas estão tratando a eleição presidenciável como torcida de futebol. Não é mais uma discussão sobre qual é o melhor presidente, mas sim uma espécie de “você está no mesmo time que eu, ou do inimigo?”
Particularmente eu criei minhas convicções a partir de várias análises, caso alguém me procure no privado eu converso abertamente sobre isso (até porque o eleitor merece saber minha posição).
Mas não condiz com os meus princípios ficar publicamente aumentando a polarização entre Lula vs Bolsonaro. Assim, só adentro na discussão dos presidenciáveis quando o assunto em si é integrante das minhas próprias pautas, tal qual o uso de valores absurdos do Fundão Eleitoral.

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