Entrevista com a candidata Vanessa Medonça

Olá meus amigos! Nossa entrevista hoje é com a candidata a Deputada Distrital pelo MDB-DF, Vanessa Medonça.

  1. O que a levou a apresentar sua pré-candidatura ao cargo de Deputado Distrital?

 Vanessa Mendonça – Eu senti a necessidade de implementar uma nova visão de Brasília, lançar um novo olhar sobre a cidade, sobre o nosso Turismo, Cultura, Folclore, Artesanato, Gastronomia, Eventos e vários outros segmentos, como o enoturismo, o turismo rural, as rotas que criamos com atrações cívicas, lazer, náutica, cavalo, por do sol, LGBTQIA+, duas rodas (para motos e bikes), as feiras de artesanato, os eventos esportivos, enfim, todo um segmento abandonado por mais de dez anos e que nós resgatamos, geramos empregos. Eu penso que como deputada Distrital, com esse olhar de ressignificar Brasília, de virar a chave, de olha a cidade como outros olhos, os olhos do modernismo que a criou e foi esquecido, conseguirei implementar um novo pensamento na política e também a garantia de fiscalizar e legislar para que essas conquistas não sejam perdidas. Que a cidade não ande mais para trás.
 2. Quais são os principais pontos que pretende defender na Câmara Legislativa do Distrito Federal?

Vanessa Mendonça – A geração de empregos em primeiro lugar. Esse sempre foi meu norte enquanto gestora pública. E como vamos fazer isso¿ Criando instrumentos e mecanismos legais com destinação específica para todos os segmentos que já citei. Quero criar leis que garantam a sobrevivência e a permanência desses projetos vitoriosos que nos últimos 4 anos abriram mais de 200 mil empregos diretos e indiretos no DF. Somente o artesanato, hoje, sustenta 100 mil pessoas no DF. Esse segmento movimenta nossa economia com mais de R$ 200 milhões por ano, de acordo com o cadastro do Programa do Artesanato Brasileiro, do governo Federal. Mas também vou ficar de olho no Transporte, na Saúde, na Educação e na Segurança Pública, porque são obrigações do Estado e nós, deputados, precisamos fiscalizar de perto e contribuir com destinação de recursos.

3. Que ações você pretende desenvolver na Câmara Legislativa do DF?

Eu quero criar uma Comissão de Turismo, Esporte e Lazer que seja realmente efetiva. Quero trabalhar para termos uma espécie de Câmara de Negócios Sócio- Culturais do DF, por onde estaremos dialogando com os empresários de todos os seguimentos de abrangência do turismo, que são 52 segmentos da economia. Quero criar estruturas para que do taxista aos aplicativos, da hospedagem à alimentação, do jogo de futebol aos esportes no Lago Paranoá, etc, sejam regulados para oferecer uma opção segura e confortável aos praticantes e visitantes. Eu costumo dizer que se a cidade é segura para o brasiliense, será segura para o turista. E hoje o que mais desenvolve e atrai turistas em todo o mundo é a segurança em todos os setores, do policiamento à saúde.

4. Em sua experiência profissional, já teve oportunidade de implementar alguma de suas ideias?

Nos últimos 4 anos, nós criamos vários mecanismos para garantir um melhor conforto para os turistas internos e externos. Abrimos um posto de testagem contra covid-19 dentro do desembarque do Aeroporto JK, em parceria com a Secretaria de Saúde. Quem desembarcava já pegava a bagagem e testava gratuitamente. Na Secretaria de Turismo, também elevamos o número de artesãos no DF, de 7 mil para 15 mil e conseguimos o Decreto que criou a atividade de Manualista, um artesão que atua na customização dos produtos. Hoje são 2 mil cadastrados. Cada um deles recebe, em média, R$ 1.300,00 por mês. Elaboramos regras para as atividades de ocupação do Lago Paranoá e realização de eventos de grande porte, reformamos pontos turísticos, como a Pedra Fundamental, em Planaltina. Reestruturamos turisticamente a quadra 308 Sul, que é o nosso modelo urbanístico, criamos o Corredor Cultural na 507 Sul, fomentamos 132 projetos realizados e com resultado efetivo, num valor de R$ 69 milhões. Tudo o que trabalhei e que resultou em geração de emprego e renda e benefício para esses 52 segmentos que compõe a indústria do turismo serão defendidos por mim na Câmara Legislativa. Vou abrir novas frentes, olhar para as mulheres desempregadas que não têm como deixar seus filhos em uma creche para procurar emprego. Esse projeto já tem a até nome: “Arte para as Mãezinhas”. Meu objetivo é qualificar essas mulheres como artesãs ou manualistas enquanto os filhos estejam sendo cuidados, para que elas possam ter uma renda imediata com seu trabalho. Vou criar uma bolsa que também as dará sustento durante o curso. Depois, já temos toda uma estrutura do Artesanato Brasília para inseri-las no mercado de trabalho.

5. Não acha exagerado o número de assessores e mordomias dos deputados em geral?

Existe um orçamento anual para que o parlamentar possa contratar assessoramento que o ajudará conduzir seu mandato realizando suas propostas. Isso é legal e quem define os valores é a Câmara Federal, que estipula tetos para municípios, estados, DF e Congresso. Na minha opinião, não há necessidade de escalar 20 assessores em um gabinete. Eu vou nomear quadros técnicos competentes que me auxiliem a executar minhas propostas. Em relação às “mordomias”, existe uma liturgia do cargo para que as autoridades, nomeadas ou detentoras de mandato, possam circular mais rapidamente em seus compromissos. Eu nunca utilizei carro oficial fora da minha agenda.

6. No seu mandato, o que será feito a respeito disso?
Nós podemos sugerir modificações dentro da esfera local. E para isso devemos apresentar projetos de lei ou lei complementar. Mas não acredito que tirar o veículo do gabinete vá resolver essa questão ou será uma medida aprovada. Eu continuarei agindo como sempre fiz, dentro da liturgia do cargo e para ter agilidade nos meus compromissos. Quanto ao quadro de assessores, existe um mínimo de funcionários essenciais para os serviços. Claro que o excedente permitido torna-se desnecessário.

7. Há candidatos que pretendem doar grande parte do salário para causas sociais. Qual sua opinião sobre isso?

Cada qual sabe como melhor utilizar os recursos destinados ao gabinete. Eu vou garantir ajuda a essas associações por meio de qualificação, que é a experiência exitosa que tenho na Setur-DF. Dos 15 mil artesãos e manualistas que alcançamos hoje, registrados, cadastrados e com Carteira Nacional de Artesão, o que lhes permite participar de qualquer feira do segmento em todo o país, 80% são mulheres e a maioria delas estavam desempregadas, vivendo à base de ajudas oficiais, programas de amparo ou abraçadas por uma entidade social. Hoje, elas promovem seu próprio sustento. Estamos falando de aproximadamente 11 mil mulheres que contribuem para o orçamento familiar e não dependem mais desses paliativos. Isso representa cem mil pessoas no DF.

8. Como Deputada, quais são os princípios que sua profissão pode exercer para o bem estar da população?

Bem, como te disse, sou economista, especialista em marketing e gestora. Minha experiência no governo federal, no GDF e na iniciativa privada vai permitir que eu construa estratégias que abarquem a geração de empego e renda, a gestão dos recursos e capacidade humana para desenvolver essa tarefas e, especialmente, a divulgação e captação de apoios para os projetos. Como sempre fiz em minha carreira e, principalmente na Secretaria de Turismo, vou buscar ajuda  no empresariado, empresas públicas e da sociedade para beneficiar o Distrito Federal. Todos os nossos projetos contaram com esse apoio, não vai ser diferente na CLDF.

9. Em meio à divisão política para o cargo de presidente, como evitar prejuízo à sua candidatura?

Para mim, isso não é problema. Sou MDB, sou Ibaneis Rocha e, sobretudo, sou Brasília.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos meus 3 anos e 3 meses à frente da Secretaria de Turismo, obtive muitas conquistas para Brasília. Criei várias  rotas turísticas (Cavalo, Cultura, Rock, Náutica, Cívica, Enogastronômica, Lazer, Infantil, Religiosa, Por do Sol, Motocicleta e Bike, LGBTQIA+) que aqueceram a economia do DF. A Rota Cívica Pedagógica já traz alunos de vários estados para assistirem aulas de História do Brasil em monumentos da Esplanada dos Ministérios. Depois transformamos a Rota Cívica, na Esplanada, em Rota Cívica Acessível, beneficiando diretamente 138 mil brasilienses deficientes e milhares de turistas de outras regiões que venham conhecer nossa capital. Lançamos Mini Guias turísticos mostrando os atrativos das regiões administrativas. Hoje, somos a terceira cidade brasileira preferida por quem viaja a turismo, de acordo com pesquisa do Google. O Portal de Viagens e Pacotes Turísticos Max Milhas, revelou que Brasília é a sétima preferência de viagens pelo Brasil nas férias, por causa da segurança. Segunda sem praia. Um levantamento da agência inglesa Design Bundles aponta Brasília como a 8ª cidade mais instagramável do mundo, com 13 milhões de fotos turísticas publicadas nas redes sociais. Segundo eleição internacional promovida pela Wikpédia, fotos de monumentos de Brasília estão entre as 10 melhores do mundo, sendo que uma delas, do Museu de Brasília, na Praça dos Três Poderes, foi campeã. Somos o segundo Hub nacional da aviação, com o Aeroporto JK recebendo e embarcando, diariamente, voos diretos para as 27 capitais brasileiras, fora mais de 20 rotas internacionais partindo daqui. Somos a 4ª Melhor Hospedagem Rural do Brasil, de acordo com o ranking dos hotéis fazenda. Temos uma rota de enogastronomia estruturada para atrair turistas de todo o país. Somos o terceiro polo gastronômico do Brasil e segundo em consumo nas mesas de bares e restaurante. Lançamos um novo olhar sobre essa cidade, incluímos o Lago Paranoá entre os 5 melhores destinos de águas brasileiro, de acordo com a Embratur. Enfim, tudo isso gerou milhares de empregos diretos e indiretos no DF, que é a minha principal preocupação como gestora pública. E pensando assim, na ressignificação da nossa economia, por meio da economia criativa, gerando emprego, renda, segurança e satisfação para a população e ao turista é que vou atuar como deputada distrital.

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