(Foto: Getty Images/iStockphoto)

É possível esquecer como transar? Sexóloga conta

Daremos uma ajudinha nas perguntas frequentes da “carentena”: “é possível esquecer de transar?”, “ficarei viciada no meu vibrador?”

Quase dois anos de pandemia e, na teoria, de isolamento social, já parou para pensar como ficou a sua sexualidade? De um lado, os termos que já conhecemos bastante – como fear of dating again, ghosting e curving – do outro, a retomada (e ainda seguindo cuidados, claro) do contato físico. Em meio a tudo isso, também houve para muitas a descobertas do prazer atingido sozinha (alô, sex toys)! E é nessa seara que surge a questão: “será que ainda sei transar”?

Bom, para Natali Gutierrez, sexóloga e sócia da Dona Coelha, loja de sex shop em São Paulo, esquecer como “se transa” não é uma questão – é quase como andar de bicicleta – e os vibradores não substituem o contato humano. “Na pandemia, muita gente criou uma conexão gostosa com a própria sexualidade e descobriu a potência orgástica do seu corpo. E isso faz a gente ficar mais exigente, sim, mas nada substitui o toque da pele na pele”, diz.

Depois de tanto tempo, pode parecer distante, mas, sim, a gente sente falta do beijo na boca e de um carinho que o sex toy não oferece. E não é preciso se preocupar: “Não dá para esquecer como se faz sexo, mas dá para melhorar”, pontua a sexóloga. “Aquelas pessoas que, durante a pandemia, criaram conexão com a própria sexualidade e entenderam como sentem mais prazer, não vão mais se relacionar com um alguém que não compartilham da vontade para atingir esse ápice. Eu já sei o mínimo para me dar prazer, o que eu espero é que com uma outra pessoa seja muito melhor, né?”.

Dá para viciar no sex toy?

E se você não deixa de lado o seu bullet ou seu sugador de clitóris, pode também ter surgido a dúvida: e agora, vou conseguir com um humano? “Não existe vício em sex toy, existe o condicionamento de estímulo. O que vicia é usar sempre o mesmo vibrador, naquela mesma intensidade, com a mesma pressão e daquele mesmo jeito. Isso envia uma mensagem para o cérebro que você só consegue ter orgasmo daquele jeito. Agora, se você tem estímulos com as mãos, às vezes com o vibrador, em uma velocidade mais amena, de vez em quando mais intensa… É importante ter um equilíbrio e não condicionar o nosso cérebro, o nosso corpo e o nosso orgasmo a um único tipo de estímulo”, explica.

E, com isso, não existe mais a dúvida se ainda é possível atingir o orgasmo com um ser humano (risos). “A grande questão é saber se aquela parceria está te dando um prazer real. Sim, mesmo tanto tempo depois, dá para gozar com um ser humano, desde que ele esteja minimamente interessando na relação”, finaliza.

*Com informações da Glamour

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