Doomsday Clock | Como funciona o “relógio do fim do mundo”?

O Relógio do Fim do Mundo — do inglês Doomsday Clock — também pode ser chamado de Relógio do Juízo Final ou Relógio do Apocalipse. Trata-se de uma iniciativa criada no final dos anos 1940, quando a ameaça de uma guerra nuclear surgiu no mundo, para servir como um indicativo de que o colapso da humanidade pode estar próximo.

Após a detonação das duas bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, cientistas e especialistas em segurança global criaram o relógio como uma metáfora para indicar a proximidade de uma catástrofe mundial inevitável. A meia-noite do relógio indicaria a chegada deste momento irreversível.

O que é o Doomsday Clock

Em 1945, a organização Bulletin of Atomic Scientists foi criada pelo biofísico Eugene Rabinovitch, contando com o apoio de cientistas respeitados, como os físicos Albert EinsteinJ. Robbert Oppenheimer (líder do Projeto Manhattan, considerado o pai da bomba atômica) e Max Born (cujo tranalho foi fundamental ao desenvolvimento da mecânica quântica).

Dois anos depois, o grupo criou o Relógio do Fim do Mundo no contexto de uma corrida armamentista iminente, após o final da Segunda Guerra Mundial, à medida em que Estados Unidos, União Soviética e outros países investiam em tecnologia nuclear com fins militares.

O Relógio do Fim do Mundo foi criado no contexto da ameaça de uma guerra nuclear mas indica também o colapso que pode ser causado pela crise climática (Imagem: Gerd Altmann/Pixabay)

Por dois anos, o Relógio do Fim do mundo permaneceu parado no seu horário inicial: faltando sete minutos para a meia-noite. Foi em 1949, quando a URSS fez seu primeiro teste de uma bomba nuclear, que ele avançou em três minutos, registrando o horário de 23:54.

O relógio possui um simbolismo forte, mostrando para a população global a necessidade urgente da tomada de medidas desarmamentistas. Mas o Doomsday Clock considera, além do risco de uma guerra nuclear, diversos outros fatores que podem levar a humanidade ao “colapso total.”

Entre esses fatores, estão hoje a crise climática, doenças infecciosas, biossegurança e “tecnologias disruptivas” — exemplo deste último item é a disseminação desenfreada de fake news dos anos mais recentes.

O vai-e-vem do Relógio do Fim do Mundo

Evolução do Doomsday Clock desde sua criação (Imagem: Wikimedia Commons/Domínio Público)

A cada ano, um comitê do Bulletin of Atomic Scientist se reúne em janeiro para atualizar o horário, avançando, voltando “no tempo” ou permanecendo com os ponteiros parados. Tudo depende dos acontecimentos globais do ano anterior.

Em 2023, o relógio alcançou seu horário mais próximo da meia-noite, ficando em 23:58:30, noventa segundos antes do momento que marcaria o início do fim da nossa sociedade. O mais distante que ele já esteve das 00h foi em 1991, ano que marcou o fim da Guerra Fria e o fim da União Soviética.

*Com informações de Canal Tech

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