Dia Mundial do Sono | Qualidade é melhor que quantidade de horas dormidas
Marcado por discussões e campanhas de conscientização sobre a importância do descanso diário, o Dia Mundial do Sono é celebrado nesta sexta-feira (17). A data nos lembra que dormir é um processo fundamental para o corpo e pode impactar até o funcionamento do nosso sistema imunológico. Apesar disso, há noites em que, inevitavelmente, dormimos pouco.
Para aliviar a nossa consciência e ampliar os conhecimentos da ciência sobre os impactos do sono, uma equipe de pesquisadores tchecos descobriu que a qualidade do sono é mais importante que a quantidade de horas dormidas para o bem-estar geral de um indivíduo.
Aqui, cabe destacar que não adianta dormir três horas e querer acordar maravilhosamente no dia seguinte. Isso dificilmente irá acontecer e nem é a conclusão do estudo. O ponto é que, se você sabe que vai dormir pouco, vale buscar alternativas que o ajudem a desligar por completo, como fechar bem a janela, colocar cortinas no quarto ou usar tampões de ouvido ou máscaras.
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Inclusive, outro recente estudo revelou que usar uma máscara para dormir pode melhorar as funções cognitivas de um indivíduo no dia seguinte, já que o item melhora a qualidade do descanso ao bloquear qualquer sinal de luminosidade no cômodo.
Por que a qualidade do sono é tão importante para o corpo?
Publicado na revista científica Plos One, o estudo sobre a importância da qualidade do sono foi liderado por pesquisadores da Charles University, na República Tcheca. Durante a pesquisa, o grupo acompanhou as características do sono e coletou amostras de sangue de mais de 4,5 mil pessoas entre os anos de 2018 e 2020.
“Embora o tempo que dormimos seja importante, os indivíduos que têm um sono de melhor qualidade também têm uma melhor qualidade de vida, independentemente do tempo e da duração do sono”, afirmam os autores no artigo. Além disso, “descobrimos que aqueles cujo sono melhorou [no período da análise] também tiveram uma melhora na qualidade de vida”, acrescenta.
Vale explicar que, para entender o que é qualidade de vida (QoL), os autores a definem como “a relação [positiva] entre a percepção de um estado interno, como a experiência de felicidade e sensação de boa saúde ou satisfação, e eventos externos no ambiente circundante, que podem incluir família e carreira”.
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Outro ponto é que, segundo os autores, o JetLag Social (JLS) não está diretamente relacionado com uma baixa qualidade de vida. Isso significa que as pessoas podem viver com algum nível de conforto se o seu relógio biológico estiver desalinhado com as suas obrigações pessoais ou profissionais, como trabalho.
Novamente, a qualidade do sono, quando possível, foi mais importante na melhora geral da QoL, como bem-estar, satisfação, felicidade e saúde, do que o JetLeg Social e que a quantidade de horas dormidas.
Não existe quantidade mínima de horas que precisam ser dormidas?
No entanto, uma das limitações do estudo é que os autores não chegaram a definir qual seria a necessidade mínima de horas dormidas, já que ela, muito provavelmente, existe e sem este básico a qualidade do sono importará pouco para a qualidade de vida de um indivíduo. Nos questionários, a duração do sono foi bastante abrangente, com a menor resposta marcando 3,5 horas. Enquanto isso, o maior tempo foi de 13,4 horas.
Em contraponto, os autores revelam que a média da quantidade de horas dormidas pelos tchecos é de 7,5 horas por noite, mas não necessariamente os voluntários se enquadram nesse número. A resposta para a questão, talvez, mereça ser investigada em pesquisas futuras.
Como dormir melhor e com mais qualidade?
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Além das estratégias de manter o quarto escuro e silencioso para ter uma boa noite de sono, existem outras estratégias que podem beneficiar quem busca um sono revigorante. Inclusive, o Canaltech já compartilhou um especial focando em bons hábitos para quem deseja melhorar a qualidade do seu sono. Entre as orientações, estão a prática diária de exercícios físicos e a importância de manter o corpo hidratado. O ronco e a apneia obstrutiva do sono (SAOS) podem ser inimigos nessa missão.
Fonte: Plos One e Charles University