Dia Mundial do Café: 5 curiosidades incríveis sobre a bebida

Nesta sexta-feira (14), é celebrado o Dia Mundial do Café. Embora a planta tenha surgido, muito provavelmente, no continente africano, na Etiópia, há milhares de anos, esta é a bebida energética mais popular no Brasil. Inclusive, a história do nosso país seria outra se não fosse o cafeeiro (Coffea sp.) e o seu característico fruto vermelho.

Pouca gente sabe, mas os primeiros pés de café chegaram ao Brasil em 1727, vindos da Guiana Francesa para a cidade de Belém, no Pará. Muitos anos depois, no século XIX (entre 1801 e 1900), é que a planta chegou ao Vale do Rio Paraíba e se proliferou entre os estados Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A partir daí, a bebida deu origem a um novo ciclo econômico nacional e o resto é história. Na verdade, é ainda presente, como veremos mais para frente.

Mesmo imensamente popular — já que é difícil encontrar por aí quem rejeita uma boa xícara de café, com ou sem açúcar —, existem muitos fatos desconhecidos sobre a bebida queridinha dos brasileiros. A seguir, conheça cinco curiosidades sobre ela!

1. Café diminui o risco de morte precoce

Tomar café diariamente reduz o risco de morte precoce, segundo estudo (Imagem: Wavebreakmedia/Envato)

A ciência já comprovou: café faz bem para a saúde, considerando pessoas saudáveis e doses moderadas. Se você tem alguma alteração cardíaca ou foi diagnosticado com Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), vale checar com o seu médico o quanto da bebida pode ser ingerida por dia. Às vezes, não é nem recomendada.

Para além desses casos específicos de contraindicação, diferentes estudos já mediram os benefícios obtidos entre aqueles que têm como hábito tomar café diariamente. Por exemplo, a bebida diminui a probabilidade de uma pessoa ter diabetes tipo 2 ou ainda demências (Alzheimer e Parkinson). Outra pesquisa recente, liderada por pesquisadores da Universidade de Jinan, na China, apontou para a menor incidência de morte precoce por diversas causas associadas com a ingestão diária.

2. Café extraforte não tem mais cafeína

Conhecido por ser o resto da produção, o café extraforte não tem mais cafeína que as outras torras (Imagem: Farknot/Envato)

Existe a ideia de que quanto mais forte, amargo e escuro é o café, mais cafeína e efeito “energizante” a bebida terá. No entanto, isso não passa de senso comum e, na maioria das vezes, o café comercializado como extraforte só é o de pior qualidade. Sem nenhuma característica especial, como uma dose extra de cafeína.

O que dá a cor ao pó de café é o processo de torragem, sendo que este não afeta obrigatoriamente a quantidade de cafeína do produto. Nesse sentido, o café extraforte é “só” o mais queimado de todos. Como o grão está quase todo torrado, é nessa leva que os produtores costumam incluir as sementes de qualidade inferior e, às vezes, folhas e gravetos da colheita que não foram separadas adequadamente. De forma grosseira, é o resto da produção e, como tal, é mais barato nos mercados.

3. Há uma explicação científica para o hábito de não usar açúcar no café

A genética ajuda a explicar o porquê de algumas pessoas tomarem café puro, sem açúcar (Imagem: ANIRUDH/Unsplash)

Ainda mais polêmico que a discussão se é biscoito ou bolacha, é o debate entre os aficionados por café puro e os adoradores da bebida com açúcar ou adoçante. O mais curioso dessa história é que, segundo cientistas da Universidade George Washington, nos EUA, a rinha pode ser explicada através da biologia.

Após analisar os hábitos de consumo de mais de 500 mil norte-americanos, os pesquisadores descobriram que a explicação para a preferência, muito provavelmente, está na genética e no grau de sensibilidade dos indivíduos para os efeitos da cafeína no corpo. Aqueles que se dão melhor com os efeitos da substância e a absorvem mais rápido, em média, preferem não adicionar açúcar. Esse grupo de pessoas também tende a preferir chocolate amargo.

4. Quase sempre o café é brasileiro

O Brasil é o maior produtor de café do mundo (Imagem: Nuchylee/Envato)

No começo dessa lista, destacamos brevemente a importância do café na história do Brasil e reforçamos que o produto está longe de ter ficado no passado. Isso porque, se você tomar um cafezinho em qualquer lugar do mundo, as chances de consumir um produto brasileiro são altíssimas. Hoje, nosso país lidera a produção mundial.

Segundo a plataforma de dados Statista, o Brasil é líder mundial na produção de café. Para dimensionar a escala, somando o volume produzido pelos outros três maiores produtores (Vietnã, Colômbia e Indonésia), o valor total ainda é menor que a produção brasileira. Em 2018, foram produzidas 69 milhões de sacas, cada uma contendo 60 quilos de café brasileiro.

Nacionalmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) informa que “a produção da espécie arábica [a mais popular] está concentrada nos estados de Minas Gerais, como maior produtor, seguido por São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Esses quatro estados concentram 85% da produção nacional dessa espécie”.

5. Use café com moderação

Tome café com moderação, já que a bebida energética pode viciar (Imagem: DragonImages/Envato)

Pode parecer alarmista a ideia de usar uma planta com moderação, mas o café pode, sim, ser considerado a droga psicoativa mais consumida no mundo. Como tal, o abuso da substância é capaz de gerar dependência. Segundo pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, os sintomas mais comuns da abstinência de cafeína são:

  • Fortes dores de cabeça;
  • Fadiga;
  • Humor disfórico, como mau-humor;
  • Incapacidade de concentração;
  • Sintomas semelhantes aos da gripe.

Segundo os cientistas, em artigo publicado na revista Journal of Caffeine Research, “verificou-se que a gravidade dos sintomas aumenta à medida que a dose diária de cafeína é maior”. Então, o conselho é: coloque um limite saudável no seu consumo, mesmo que hoje seja o Dia Mundial do Café.

Fonte: Com informações: Governo FederalWired, Journal of Caffeine Research e Statista

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