Dia Mundial da Saúde: a importância da prevenção
Nos casos de retenção urinária, as infecções podem ser prevenidas com o uso de cateteres com revestimento hidrofílico e cuidados com a higiene
Criado pela Organização Mundial da Saúde em 1948, o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, tem o objetivo de conscientizar a respeito de pilares importantes do bem-estar, chamando a atenção para aspectos como a prevenção, o autocuidado e os tratamentos. Para o fisiatra Eduardo Rocha, a prevenção é fundamental para a saúde, uma vez que diversas doenças podem ser evitadas. “A prevenção tem grande importância porque muitas doenças e condições que afetam a qualidade de vida das pessoas, como a obesidade, por exemplo, podem ser prevenidas, impedindo, assim, consequências mais graves”, explica.
É o caso da infecção urinária, quadro que pode acontecer com muita frequência na retenção urinária crônica se os cuidados adequados não forem observados. A retenção urinária é causada por diversos fatores como lesão medular por traumas (acidentes automobilísticos, armas de fogo, etc), esclerose múltipla, meningomielocele, diabetes e nefropatias diabéticas, lesões decorrentes de cirurgias pélvicas, Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras. A condição impede o esvaziamento completo da bexiga e pode aumentar significativamente o risco de infecções do trato urinário, complicando ainda mais a saúde dos pacientes. “Quando a bexiga não é esvaziada adequadamente, a urina pode se acumular, criando um ambiente propício para o crescimento de bactérias, resultando em infecções. Por isso, pessoas que apresentam retenção urinária tem necessidade de consultas de rotina frequentes, para evitar a progressão de possíveis complicações desta condição e manter de forma estável seu cuidado, com a promoção adequada da saúde”.
O especialista esclarece que a técnica do cateterismo intermitente limpo é considerada como o padrão ouro em cuidado da retenção urinária crônica porque é um procedimento simples, que exige apenas a limpeza das mãos e da região genital, portanto, podendo ser realizada também fora do ambiente hospitalar. Esta técnica consiste em introduzir um cateter no canal da uretra que irá drenar a urina contida na bexiga para o vaso sanitário ou para um recipiente externo (bolsa coletora), que posteriormente é descartado. “Todo indivíduo que precisa fazer o esvaziamento vesical regular, deve sempre que possível, usar materiais que exigem menor necessidade de manipulação, e assim facilitam a realização do procedimento o que impacta em uma boa adesão (realizar o número de vezes necessário, o cateterismo por dia) para evitar infecções do trato urinário”. Nesse cenário, o cateteres com revestimento hidrofílicos são os mais recomendados, pois são prontos para uso e permitem a remoção da urina residual de forma rápida, impedindo multiplicação de bactérias e infecções urinárias recorrentes. “Os cateteres hidrofílicos oferecem maior segurança, menos riscos de lesões na uretra e consequentemente menos infecções urinárias”, afirma. Além disso, como já dito, são cateteres que já vem pronto para o uso, facilitando a utilização, inclusive, por pessoas sem ou com movimentos restritos das mãos.
Segundo o Dr. Eduardo Rocha, a prevenção na saúde em geral aumenta o bem-estar, mas tem impacto ainda maior nas pessoas com condições crônicas, muitas vezes invisíveis à sociedade, como a retenção urinária crônica. “É possível prevenir as complicações extras que aumentam o risco de doenças, internações e pioram a qualidade de vida, inclusive, elevando a mortalidade. Por isso, quem apresenta retenção urinária crônica deve estar atento aos cuidados higiênicos e uso de dispositivos adequados para evitar as infecções urinárias”, conclui.
Menos infecções urinárias, mais qualidade de vida
Foi utilizando o catéter hidrofílico que Lucas Junqueira, embaixador da Coloplast, líder mundial em soluções para pessoas com necessidades íntimas de saúde, conseguiu prevenir as infecções urinárias e, consequentemente, ter mais qualidade de vida. O atleta da seleção brasileira de rugby em cadeira de rodas sofreu um acidente em 2009, ao mergulhar na praia de Ponta Negra, em Natal – RN. Havia um banco de areia onde ele bateu a cabeça e acabou fraturando a 5ª e 6ª vertebras da coluna cervical, ficando tetraplégico.
Desde então, passou a conviver com retenção urinária crônica e, por muitos anos, realizou o cateterismo intermitente com o cateter de PVC “Como minha lesão é tetraplegia, eu não tenho nenhum movimento de dedos das mãos, e realizar o autocateterismo era algo muito difícil. Além disso, tinha em torno de cinco infecções urinárias por ano, o que fazia eu ficar afastado das minhas atividades e até mesmo internado algumas vezes”, conta Lucas. Durante o seu processo de reabilitação, o atleta conheceu diversas modalidades de esporte e se encantou com o rugby em cadeira de rodas. Porém, as infecções urinárias de repetição atrapalhavam seu rendimento em quadra.
Até que em 2015 Lucas conheceu os cateteres com revestimento hidrofílico que melhoraram seu bem-estar e sua qualidade de vida. “Há nove anos uso os cateteres com revestimento hidrofílico e as infecções urinárias diminuíram muito, estou há dois anos sem”, comemora. Hoje, ele é jogador da seleção, viaja para campeonatos, tem autonomia, independência e conforto.
Sobre retenção urinária
Mais de 350 mil brasileiros[1],[2],[3] possuem retenção urinária crônica e de cada 10 pessoas com lesão de medula que recebe alta hospitalar, quatro tem indicação para a realização do cateterismo intermitente limpo (CIL). O cateterismo intermitente é a forma de esvaziar a bexiga quando alguma condição clínica impede que isso aconteça espontaneamente da maneira adequada.
Atualmente, os cateteres utilizados para a realização do CIL podem ser convencionais ou hidrofílicos. O cateter convencional é feito em PVC e tem necessidade de lubrificação com gel, geleia ou glicerina (geralmente sai no momento da introdução do cateter) e existe necessidade de preparo. Seus orifícios não são polidos nem lubrificados, gerando atrito na inserção, e há evidências científicas de que oferece maior risco de complicações (trauma na uretra e Infecções urinárias recorrentes).
Já o cateter hidrofílico é de poliuretano com revestimento hidrofílico. Os orifícios são polidos e lubrificados, reduzindo o atrito na inserção e, consequentemente, os traumas na uretra. Há evidências científicas de que reduz o risco de complicações como infecções urinárias, traumas e sangramentos.
Estudo[4] realizado com 130 paratletas cadeirantes do Brasil, Canadá, EUA, Chile, Colômbia e Japão, revelou que 84% deles realizam o cateterismo intermitente com cateter convencional. Destes, 84 tiveram alguma complicação ao longo de um ano, como lesões uretrais e infecção urinária. Cateteres hidrofílicos melhoram a qualidade de vida dos paratletas, reduzindo lesões uretrais, sangramentos e infecções urinárias recorrentes.
SOBRE A COLOPLAST
A Coloplast é líder global no desenvolvimento de produtos e serviços que tornam mais fácil a vida de pessoas com necessidades íntimas de saúde, incluindo cuidados com estomias, retenção urinária, feridas e pele.
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