Dia do Beijo: beijar reduz estresse, aumenta felicidade e ajuda na limpeza bucal

Os lábios, a língua e a densa rede de terminações nervosas existentes na boca são cruciais para desencadear a liberação de hormônios que afetam o bem-estar e a saúde

O beijo é demonstração de afeto, podendo ser sinal de carinho e amizade quando dado na bochecha, mas também de amor e paixão quando são duas bocas se tocando. Neste sábado, 13, é comemorado no Brasil o Dia do Beijo. Além dos prazeres físicos, médicos e psicólogos relatam que beijar traz inúmeros benefícios para a saúde.

De acordo com a psicóloga Mayrla Pinheiro, a troca de beijos possibilita uma intensa troca de informações neurológicas que afetam tanto o consciente quanto o subconsciente. Isso estimula o chamado “circuito do prazer” e traz inúmeros benefícios para a saúde. “Essa troca hormonal promove bem-estar e relaxamento, sendo um excelente ‘remédio’ para reduzir o estresse, queimar calorias e contribuir para o aumento da atividade muscular facial”, afirma a psicóloga.

Mayrla Pinheiro ainda acrescenta que o beijo é uma forma de trocar informações inconscientes sobre o sistema imunológico do parceiro, o que pode influenciar na atração entre as pessoas. Os lábios, a língua e a densa rede de terminações nervosas existentes na boca são cruciais para desencadear a liberação de hormônios que afetam o bem-estar e a saúde. Entre esses hormônios, destacam-se a adrenalina, que acelera o coração; a dopamina, que induz ao prazer e à excitação; e a ocitocina, conhecida como “hormônio do amor” por sua influência nos laços afetivos.

A especialista alerta que, durante o ato de beijar, também ocorre o aumento da produção de saliva, a qual ajuda na limpeza bucal, porém é fundamental manter a atenção aos hábitos de higiene tanto próprios quanto do parceiro. “Além disso, o beijo aumenta o ritmo cardíaco temporariamente, o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial”, destaca.

Apesar dos inúmeros benefícios, é importante se manter alerta sobre algumas doenças que podem ser transmitidas pela saliva, como doenças periodontais, sífilis e herpes labial. Segundo a infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Christianne Takeda, “a mononucleose, ou ‘doença do beijo’, é uma das mais comuns, e pode causar sintomas como febre prolongada, aumento de gânglios no pescoço, fraqueza e dor no corpo”.

A médica ressalta que “é essencial estar atento aos sinais e buscar assistência médica quando necessário”. A chave é manter-se atento à própria saúde para que, desta forma, o beijo siga como uma demonstração segura de afeto.

Benefícios do beijo

Redução do estresse: Beijar pode ajudar a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo. A intimidade física e emocional envolvida no beijo pode ajudar a acalmar a mente e relaxar o corpo.

Fortalecimento do sistema imunológico: Alguns estudos sugerem que o beijo pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico, pois expõe o corpo a diferentes micro-organismos, ajudando-o a desenvolver uma resposta imune mais forte.

Queima de calorias: Beijar pode ser uma forma suave de exercício, queima de 2 a 3 calorias por minuto, dependendo da intensidade. Embora não seja uma forma eficaz de perder peso, pode contribuir para um estilo de vida ativo.

Melhora do humor: O beijo libera endorfinas e neurotransmissores associados ao prazer, como a dopamina e a serotonina, que podem melhorar o humor e proporcionar uma sensação de bem-estar.

Fortalecimento dos laços emocionais: O beijo íntimo é uma forma de expressão afetiva que fortalece os laços emocionais entre os parceiros. Pode promover a intimidade, a conexão e o sentimento de pertencimento.

Melhora da saúde bucal: Beijar pode aumentar a produção de saliva, que ajuda a limpar os resíduos de alimentos e bactérias da boca, contribuindo para uma melhor saúde bucal. No entanto, é importante lembrar que o beijo também pode transmitir germes e doenças se uma das pessoas estiver doente.

Hormônios

Estudo publicado no Annual Meeting of the American Association for the Advancement of Science (AAAS) comprovou que o beijo estimula a liberação de hormônios neurotransmissores, como dopamina e serotonina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Na avaliação da psicóloga Monica Machado, fundadora da Clínica Ame.C, “quanto mais apaixonado for o beijo, mais hormônios são liberados”.

Além disso, esses neurotransmissores inibem o cortisol, hormônio ativado em momentos de estresse e que causa diversos malefícios ao organismo. A psicóloga ressaltou, porém, que, independentemente do tipo de beijo, o ato é prazeroso em qualquer relacionamento afetivo.

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, analisou os benefícios do beijo e concluiu que ele melhora o sistema imunológico, ajuda a combater o estresse e, em alguns casos, pode contribuir também com o sistema nervoso parassimpático, mecanismo que o corpo assume quando as pessoas se sentem confortáveis e relaxadas.

*Com informações de Jornal Opção