Copa América feminina: saiba tudo sobre a competição disputada na Colômbia

A edição de 2022 durará até 30 de julho e dará duas vagas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 para o campeão e vice

A nona edição da Copa América feminina terá início nesta sexta-feira, 8, na Colômbia. O torneio, que teve o Brasil como campeão sete vezes, traz uma seleção brasileira diferente. Pela primeira vez, a equipe não terá ninguém do trio Marta, Cristiane e Formiga. A primeira se recupera de um rompimento de LCA (ligamento cruzado anterior), Cris não é mais convocada e Formiga se aposentou da amarelinha. A renovação da equipe passa pela treinadora, Pia Sundhage, pela coordenação de futebol da CBF e, principalmente, dentro de campo. A edição de 2022 durará até 30 de julho e dará duas vagas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 (campeão e vice). Na televisão, o SBT transmitirá as partidas. Para saber mais sobre os competidores, confira:

Grupo A

Bolívia

A Bolívia nunca venceu o torneio e a única das dez seleções participantes que nem sequer ficou entre as quatro melhores. O país também nunca foi sede da Copa América. Para este ano, a seleção boliviana não deve fazer uma campanha de expressão. Nos dois amistosos preparatórios, perdeu ambos para o Uruguai pelos placares de 5 a 0 e 7 a 0. No elenco do técnico Weimar Delgado, de 40 anos, o destaque é a centroavante Marlene Flores. A jogadora de 20 anos marcou 30 gols no Nacional de 2021 e 16 apenas na Copa Simón Bolívar em 2020. Esteve presente no Sul-Americano Sub-20 marcando um gol.

Chile

Vice-campeão duas vezes e outras duas terceiro lugar, o Chile é uma das seleções concorrentes ao título com o Brasil. Sob o comando do treinador José Letelier e da capitã Christiane Endler, a seleção é a 38ª colocada do ranking da Fifa e, apesar de promissora, perdeu os dois últimos amistosos contra a Argentina por 1 a 0 e contra a Venezuela pelo mesmo placar. O destaque é a goleira Endler, que defende o PSG, da França, e foi eleita a melhor goleira da Primeira Divisão na última temporada. Capitã, é o maior nome do futebol feminino chileno.

Colômbia

Anfitriã, a seleção colombiana já foi vice-campeã da Copa América duas vezes, outra vez foi vice e em 2018 ficou com o 4º lugar. É a 28ª colocada no ranking da Fifa e está sob a liderança do técnico Fabián Taborda, de 38 anos. Com atletas do futebol norte-americano e europeu, a seleção tem um bom retrospecto recente, tendo vencido quatro amistosos de cinco que disputou, perdendo apenas para os Estados Unidos por 3 a 0. É uma forte candidata ao título. O destaque fica com a jovem Linda Caicedo, de apenas 17 anos. Linda é considerada um prodígio e estreou no futebol aos 14 anos, sendo já campeã e artilheira no América de Cali. Pela seleção marcou seu primeiro gol em amistoso contro o Chile.

Equador

A seleção do Equador nunca chegou à decisão da Copa América, ficou em 3º lugar em 2014 e em 2003 foi a quarta melhor seleção. A brasileira Emily Lima, ex-técnica do Santos, é a treinadora da seleção e tentará um título inédito. Porém, o precedente não é bom. Dos últimos cinco amistosos, perdeu quatro e empatou um. O destaque é Giannina Lattanzio, italiana naturalizada, de 29 anos, que defende o Independiente del Valle.

Paraguai

O melhor resultado do Paraguai foi um 4º lugar na edição de 2006. Sob o comando de Marcello Frigeiro, de 51 anos, a seleção tem quatro jogadoras conhecidas do público brasileiro: as zagueiras Camila Arrieta (Kindermann) e Veronica Riveros (São José) e as meias Fabiola Sandoval (Kindermann) e Fany Gauto (Ferroviária). Venceu três dos últimos cinco amistosos, e empatou os outros dois. O destaque é Jessica Martínez, que defende o Sevilla e foi destaque marcando seis gols em 26 partidas. É convocada desde 2018 e tem cinco gols em nove partidas.

Grupo B

Brasil

Mesmo sendo derrotada por Dinamarca e Suécia nos últimos dois amistosos preparatórios, o Brasil chega como grande favorito ao título da Copa América 2022. Dona de sete taças em oito edições, a seleção brasileira só não ficou com a medalha dourada em 2006, quando perdeu a final para a Argentina. Dominante em nível continental, a Canarinho chega renovada e tem como principais esperanças de gol as atacantes Geyse e Debinha, cada uma com sua característica. A meio-campista Adriana, que possui bela visão de jogo, também é um dos destaques do time de Pia Sundhage.

Argentina

A seleção argentina é a principal desafiante do Brasil nesta Copa América. Vencedora da edição de 2006, as “hermanas” vão em busca do bicampeonato com nomes conhecidos dos brasileiros, como a zagueira Agustina Barroso (Palmeiras) e a lateral Eliana Stabile (Santos). A principal esperança da Argentina, no entanto, está nos pés de Estefanía Banini, meio-campista do Atlético de Madrid e conhecida pela capacidade de desequilibrar as partidas com assistências e gols. Apesar dos bons nomes, a Albiceleste vem de apenas uma vitória nos últimos cinco amistosos, tropeçando diante de Colômbia e Equador.

Peru

A seleção peruana conseguiu a sua melhor posição na Copa América em 1998, quando terminou em terceiro lugar. Cinco anos depois, o Peru não desapontou e terminou o torneio na quarta posição, em 2003. Desde então, porém, as peruanas perderam força no território continental e sequer avançaram de fase nas edições seguintes. Sem muita expectativa para esta temporada, A Branca e Vermelha espera contar com boas atuações da experiente goleira Maryory Sánchez, que defende o Allianza Lima e vai para o seu terceiro campeonato continental.

Uruguai

O Uruguai não passa da fase de grupos desde 2006, quando foi terceiro colocado e marcou sua melhor campanha. Ocupando somente a 68ª posição no ranking da Fifa, a seleção uruguaia é a segunda pior colocada entre os países da América do Sul. Sem ter muito otimismo, a Celeste tem como principal destaque a jovem Esperanza Pizarro, que vai para a sua primeira Copa América. Considerada uma joia, a atacante foi campeã uruguaia com o Nacional (2020) e anotou quatro gols na Libertadores (2021). Atualmente, ela defende o Santa Teresa de Badajoz (Espanha) e vive o sonho de dar um salto maior na carreira.

Venezuela

Com duas vitórias e três empates nas últimas cinco partidas, a Venezuela vive a expectativa de fazer a sua melhor campanha na Copa América desde 1991, quando terminou no terceiro lugar. Para conduzir o país no torneio, a Vinotinto aposta em Bárbara Olivieri, nascida nos Estados Unidos e filha de pais venezuelanos. Destaque no Sul-Americano sub-20 deste ano, a atacante joga no Monterrey (México) e pode surpreender no Grupo B.

Jogos

Dia 08
18h – Bolívia x Equador
21h – Colômbia x Paraguai

Dia 09
18h – Uruguai x Venezuela
21h – Brasil x Argentina

Dia 11
18h – Paraguai x Chile
21h – Bolívia x Colômbia

Dia 12
18h – Uruguai x Brasil
21h – Argentina x Peru

Dia 14
18h – Paraguai x Bolívia
21h – Chile x Equador

Dia 15
18h – Argentina x Uruguai
21h – Peru x Venezuela

Dia 17
18h – Chile x Bolívia
21h – Equador x Colômbia

Dia 18
18h – Venezuela x Bolívia
21h – Peru x Uruguai

Dia 20
21h – Colômbia x Chile
21h – Equador x Paraguai

Dia 21
21h – Brasil x Peru
21h – Venezuela x Argentina

Dia 24
21h – Disputa de 5º lugar

Dias 25 e 26
21h – Semifinais

Dia 29
21h – Disputa de 3º lugar

Dia 30
21h – FINAL

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