Construções Brownstone, em Nova York (EUA), protegiam moradores de dejetos

A teoria é baseada em documentos que identificava uma crise causada por fezes de cavalos na cidade

Nova York (EUA) é uma cidade cheia de belezas inigualáveis e curiosidades interessantes. Entre o encanto dos parques e a arquitetura de arranha-céus, algumas construções chamam a atenção e protagonizam, inclusive, filmes e séries ambientados na cidade. Este é o caso das “brownstone houses“, casas germinadas e charmosas que escondem uma curiosidade surpreendente em sua origem.

Características pela fachada afunilada e amparadas por pedras marrons, as charmosas construções são acimadas por escadarias e muitas até possuem outros andares. Atualmente, topar com elas ao redor das ruas é comum e não levanta surpresas – já que fazem parte da personalidade do lugar.

A publicação IFLScience, entretanto, resolveu desmembrar esta história e descobriram uma teoria que as brownstone houses nasceram, na verdade, como uma prevenção da arquitetura às toneladas de fezes de cavalo que tomaram conta da cidade.

Segundo a investigação do portal por publicações e documentos históricos, a Nova York de 1880 estava cercada de, no mínimo, 150.000 cavalos. Os animais produziam cerca de 45 toneladas de dejetos mensalmente.

Logo, a atmosfera não era das melhores e, segundo documentos do departamento de saneamento que a publicação teve acesso, as ruas da cidade “eram um carpete de fezes”. As previsões diziam que, por volta de 1930, o material atingiria as janelas de terceiros andares por toda a cidade, o que espantava moradores e, claro, despertava o desejo de mudança pela ameaça sanitária.

Nada disso, é claro, aconteceu. As casas construídas para serem acessíveis logo se tornaram um símbolo de riqueza para classe média Nova Iorquina, que, desde a metade do século 19, adquire as brownstone por milhões de dólares.

Hoje, as construções não são uma raridade, mas também não existem em peso, por isso as escadarias que deveriam originalmente proteger os moradores contra cocô, atualmente, são uma joia da arquitetura e da história.