CONHEÇA O SLOW FOOD E A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO NA CULINÁRIA

Paraibana e Chefe de cozinha. Amante da gastronomia brasileira e da comida afetiva. É
militante do movimento slow food e defensora do bioma brasileiro. Ministrou a aula
inaugural cozinha show no UniCEUB. Palestrou na feira Povos do Cerrado. Trabalhou na
Copa do Mundo da FIFA e atuou como chefe de eventos da cooperativa Central do Cerrado.
Participou de dois livros do grupo Ideias na Mesa. Além disso, Eliane foi chefe de cozinha da
Cooperativa Central do Cerrado por 2 anos.

Em junho de 2018 participou de oficinas de ecogastronomia no Parque Indígena do Xingu e,
em seguida, foi representar o Brasil em Turin na Itália, pelo movimento Slow Food.
Membro da FIC – Federazione Italiana Couchi – Delegazione Brasile em Brasília. Durante a
pandemia de COVID 19, coordenou três ações solidárias, duas em prol do povo Kalunga e uma para o lar de idosos Miram Pelles Pereira Ervilha. Realiza divulgação da culinária e povos tradicional, dos biomas brasileiros e da cultura de comunidades e assentamentos.

Atualmente, participou de vários projetos ligados ao seu ramo da culinária. Eliane é parceira
da Central do Cerrado, da Oca agroecológica, do Sítio Boca do Mato, Kassuá e Caiana dos
crioulos. Além disso, Eliane realiza trabalhos voluntários na área de culinária.
Para saber mais sobre trajetória de Eliane e o interesse pelo Slow Food, leia a entrevista
abaixo:
Perguntas:
1- Como iniciou o seu interesse pelo Slow Food? Explique mais sobre este
movimento.
Fui apresentada ao Slow Food em 2012 quando iniciei um curso na área da gastronomia,
inicialmente havia pensado em me capacitar para exercer os conhecimentos no futuro.
Porém, com duas semanas de curso minha visão era outra, me apaixonei pelo movimento,
um divisor de águas em minha vida.

O Slow Food (em inglês, literalmente, “comida lenta”) é um movimento e uma organização
não governamental fundados por Carlo Petrini em 1986, tendo como objetivo promover uma
maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e uma produção que
valorize o produto, o produtor e o meio ambiente. É uma contraposição política e filosófica à
massificação e à padronização oferecidas pelo fast-food. Assim como a Slow Food, outras
organizações não governamentais, como o Cittaslow, também propõem uma redução na
velocidade do ritmo de vida contemporâneo. Juntas, tais organizações formam o
movimento conhecido como Slow Movement.
Fonte: Wikipedia

2- Como o Prêmio Dólmã influencia na sua carreira com a gastronomia?
Esse prêmio é uma grande responsabilidade pra mim como cozinheira, sou apenas uma
representante, faço uso de ingredientes que são cultivados pelos verdadeiros merecedores
dessa honraria. Que eu possa através desse prêmio representá-los.
Um prêmio que recebo e compartilha com toda a cadeia alimentar. Aos indígenas, aos
quilombolas , aos agricultores e agricultoras desse Brasil, a todos que buscam a
alimentação natural, produzida a partir de uma história preservada por gerações e que
mantém o vínculo com nossas origens.

3- A culinária nordestina está presente na sua carreira?
A culinária nordestina é amor, união, aconchego é encher o bucho com fartura.
A culinária nordestina está presente desde o meu nascimento. Minha mãe e avós sempre
mantiveram vivas as receitas de família, os sabores ancestrais foram e continuam sendo
passados para as novas gerações.
Carrego com muito orgulho esses saberes, essa comida cheia de histórias, boas
lembranças e muita cultura. Carrego com muito orgulho para cada canto que vou.

4- Quais foram seus aprendizados participando do Cozinha Raiz?
Uma vasta bagagem dentro do Cozinha Raiz. Levo muitos amigos e amigas, levo
conhecimento, temperos, cheiros e uma grande lição. Cozinhar é uma arte, em cada
encontro aprendemos novas técnicas para trabalhar com as panelas.

5- Você apresentou o movimento Slow Food durante alguma premiação?
É sempre motivo de muito orgulho falar sobre o movimento Slow Food, sempre que tenho
abertura falo sobre a importância desse movimento.

6- Acredita que estar no movimento do Slow Food te abre portas para mais projetos?
Com certeza! Essas portas se abriram a partir do momento que fui apresentada ou
movimento, tive a certeza do caminho que queria seguir. O Slow Food retrata a
ecogastronomia, que é uma prática dos nossos antepassados, a comida de verdade