Como ataques a duas integrantes da Família Real tornaram perdão a Príncipe Harry praticamente impossível, de acordo com expert do Palácio

Harry e Meghan se tornaram ‘inimigos locais’ na Inglaterra desde a partida para os Estados Unidos e as declarações polêmicas à imprensa americana

Os constantes escândalos envolvendo os nomes do Príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, deixaram claro que, depois de tantas bombásticas revelações sobre os pormenores da relação entre a Família Real e o casal, nada será como antes. A saída do Duque e da Duquesa de Sussex de seus afazeres no Palácio em 2020, em conjunto às várias entrevistas e declarações à imprensa americana, colocaram Harry e Meghan como verdadeiros inimigos ao povo britânico.

Quase cinco anos mais tarde desde a retirada silenciosa para os Estados Unidos e alguns poucos anos após as declarações que colocaram luz à Família Real de uma maneira jamais vista, especialistas no que rola por detrás das cortinas do Palácio já declaram: o perdão de Harry pela nação e pela própria família será difícil — principalmente por suas cabulosas falas a respeito da Rainha Consorte Camilla Bowles e da Princesa de Gales, Kate Middleton.

Em seu livro de memórias lançado em 2023, ‘O Que Sobra’, Harry não foi nada delicado ao descrever as duas membros da realeza, declarando Camilla como “A Outra Mulher” e “madrasta malvada” com quem nem William, nem Harry queriam que Charles se relacionasse após a morte de Diana (1961-1997); e Kate Middleton, sua cunhada e mulher do irmão mais velho, como uma megera que teria feito Meghan chorar às vésperas de seu casamento em 2018.

Para além das acusações diretas às duas, Harry também colocou destaque em supostos casos de racismo contra a americana dentro do Palácio britânico.

Enquanto foram acolhidos nos Estados Unidos por amigos e conhecidos — até a cantora Beyoncé e seu marido, o rapper Jay-Z, mostraram apoio à esposa do príncipe britânico — e hoje residem em uma mansão em Montecito, na Califórnia, na terra natal de Harry, os Duque e Duquesa de Sussex estão praticamente com a cabeça na guilhotina pela mídia do país, que tomou o lado dos reais.

Segundo pontua Andrew Lownie, autor de obras diversas sobre a história da Família Real, Harry pode até retornar para seu cargo (tendo em vista as novas notícias que apontam uma possível reaproximação do caçula ao trabalho na realeza), mas dificilmente será aceito de volta pelos familiares e principalmente pela imprensa, que o declarou como inimigo desde suas primeiras declarações.

“É claro que ele pode voltar. Até o Duque de Windsor [Edward VIII], que estava em exílio, retornou mais e mais vezes — e sem Wallis [sua esposa]”, declarou primeiramente, já pontuando a vontade implícita da mídia de que Harry e Meghan se separem para “resolver o problema” entre os familiares. “[Mas] Harry não pode fazer nada nesse momento, e qualquer coisa que ele diga será interpretada de alguma maneira ou outra”.

Ainda, durante a conversa com os apresentadores do podcast do tabloide The Sun, o autor comentou: “Desde que ele saiu do país, a separação se tornou gigantesca entre a Família Real aqui e ele, entre nós [o povo] e ele, entre a imprensa e ele. E é principalmente porque ele falou mal da Família Real. E você não pode falar mal da esposa do Rei, Camilla, e esperar que será facilmente perdoado. Você não pode falar mal da esposa do William e ser facilmente perdoado”.

Desde as declarações de Harry à mídia, a disputa entre os irmãos tomou proporções ainda mais agressivas — nenhum membro da Família Real se arrisca a conversar com o caçula, nem com sua esposa. Ao que noticiam os tabloides, Harry e Meghan são veementemente ignorados pelos familiares.

Desde sua chegada na Inglaterra, Meghan Markle foi vista e tratada como estrangeira pela imprensa local. Com sua saída ao lado do marido, Harry, do país, a situação ficou ainda pior — e tomou rumos mais escabrosos quando o Príncipe colocou os tabloides Mirror e The Sun na justiça com a acusação de invasão de privacidade — ele acusou as publicações de hackearem seu celular para obter mensagens privadas.

Desde os casos, mais e mais polêmicas surgem como manchetes contra a imagem de Harry e Meghan no país, afastando o casal da possibilidade de pisar os pés juntos na terra natal dele, ao mesmo tempo que impede uma possível reunião cara a cara entre os membros da Família Real.

*Com informações de Revista Monet