CLDF celebra os 8 anos da Universidade do Envelhecer da UnB
A Câmara Legislativa celebrou os oito anos da Universidade do Envelhecer (Uniser), programa de extensão da Universidade de Brasília (UnB), na tarde desta segunda-feira (10), em sessão solene no plenário, com transmissão ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, e tradução simultânea em Libras.
A autora da homenagem, deputada Paula Belmonte (Cidadania), disse que o trabalho da Uniser, voltado aos idosos, suscita emoções como fraternidade, amor, alegria e dignidade no processo de “saber envelhecer”. Ao citar as ações sociais da Uniser, a parlamentar opinou que a instituição é uma prova que “a sociedade unida e organizada faz a diferença e a transformação na vida de todos”. Belmonte defendeu o direito à carteira estudantil para os participantes da Uniser, uma vez que eles também são universitários.
Celebrar mais um ano da Uniser é uma conquista, frisou a deputada Jaqueline Silva (sem partido), que aplaudiu a universidade por formar mais de mil pessoas idosas. “O Estado precisa cuidar e pensar políticas públicas para os idosos”, acrescentou.
Emocionada, a fundadora e coordenadora da Uniser, Margô Karnikowski, destacou que “a Uniser é um programa educativo dedicado à temática do envelhecimento humano”. A professora agradeceu ao corpo docente, aos estudantes, aos colaboradores e aos parceiros do programa, ao citar o poeta Walt Whitman (1819-1892): “Não há nada mais forte que a velhice, exceto a amizade que cresce com ela”.
Margô também agradeceu o acolhimento da UnB, “que se preocupa com o bem-estar das pessoas independentemente da idade”. Ela assinalou que os idosos querem envelhecer com dignidade e participar ativamente da sociedade. Do mesmo modo, o patrono da Uniser, José Alberto Oliveira, que é pai de Margô, agradeceu a todos os envolvidos pela dedicação ao programa.
Meio milhão de idosos em 2030
Em nome da UnB, a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Telles Walter, observou que, em 2030, projeções da Companhia de Planejamento de Brasília (Codeplan) apontam que o DF terá cerca de meio milhão de pessoas idosas, ou seja, um a cada seis habitantes pertencerá a esse público, motivo pelo qual a universidade tem vários projetos voltados ao segmento, a exemplo da Uniser.
Ainda sobre o tema, Telles mencionou a aprovação pela câmara de direitos humanos da UnB, em março, da Política do Envelhecer Saudável, Participativo e Cidadão, cujo foco é refletir e realizar ações concretas com relação às necessidades de pessoas idosas considerando os direitos humanos e o combate ao etarismo, além de preparar as gerações para o envelhecimento digno e saudável. Um dos objetivos dessa política, segundo a decana, é criar uma cultura de respeito e inclusão, com projetos para valorização das pessoas idosas, seu conhecimento e sua memória, bem como ampliar a participação de idosos na UnB.
Ela saudou os diversos parceiros da Uniser, em especial o diretor do campus da UnB em Ceilândia, João Paulo Matheus, por abrigar o projeto de extensão. Por sua vez, o diretor anunciou que o projeto será ampliado para um centro de pesquisa, cujo enquadramento deverá ser um centro de envelhecimento.
Ao término do evento, que contou com apresentações musicais de integrantes do programa e a presença de alunos da escola-classe da 308 sul, foram entregues moções de louvor a cidadãos que se destacaram pelos serviços prestados a Uniser.
*Com informações de Agência CLDF
