Castração de cães e gatos no DF não é clara em relação a gratuidade
No fim das contas, o que é vendido como um procedimento solidário, não sai totalmente de graça
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), finaliza ainda neste mês as castrações que iniciaram em outubro, na 4ª Campanha de Castração de Cães e Gatos. O projeto ajuda anualmente muitas ONGs e pessoas sem condições de arcarem com o custo da cirurgia.
As vagas abrem com antecedência, e no dia comunicado o interessado em castrar seus animais deve entrar no site e se inscrever. Por ser muito disputado, é importante que a pessoa esteja atenta aos horários avisados.
O que não é falado antes, são os gastos extras necessários para a realização do procedimento. Roupa pós-cirúrgica, antiflamatórios, antibióticos, spray antiséptico, exames pré-operatórios, entre outros. As clínicas que se dispõem a participar do projeto minimizam os gastos, mas para não sair completamente no prejuízo, arrumam um jeito de arrecadar nem que seja um pouco de dinheiro. Raramente é possível gastar menos do que R$200 para realizar as cirurgias.
Só neste ano, mais de 8 mil animais já foram atendidos. Segundo dados do órgão, a demanda aumentou em 64%, de 2018 para 2019, quando foram atendidos exatos 7.253 animais. Em 2020, por conta das restrições impostas pela pandemia, a assistência caiu para 3.470.
Para a realização das cirurgias, é obrigatório o cadastro como usuário externo no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), a apresentação de um comprovante de endereço em nome do tutor localizado no Distrito Federal. É necessário estar em porte da documentação no dia da cirurgia. O não cumprimento das obrigações impede a realização da cirurgia e o tutor perde a vaga.
O Ibram pede que, caso o tutor não consiga comparecer na data agendada pelo órgão, deverá solicitar o cancelamento em até dois dias úteis antes da cirurgia. Em caso de falta, não serão aceitos novos cadastros do mesmo CPF e endereço por um período de 12 meses.
*Redação Revista Pepper