Bilionário realiza voo até o espaço e inicia nova era espacial
Desde 2004, o empresário e bilionário inglês Richard Branson vem investindo no desenvolvimento de um avião que possa levar passageiros para uma curta viagem até o espaço. Após centenas de voos de teste, o empresário embarcou ontem no avião-foguete da empresa Virgin Galactic em um voo até o espaço.
Em uma coletiva de imprensa após o voo até o espaço o empresário afirmou: “Eu tenho sonhado com este momento desde que eu era criança, mas honestamente nada pode te preparar para a vista da Terra do espaço”. “A coisa toda foi simplesmente mágica”.
Esse voo demonstrativo faz parte do real objetivo da empresa para o avião: levar turistas para o espaço. Ainda em 2014 a empresa foi criticada pelo projeto após a morte de um de seus co-pilotos em um voo de desenvolvimento. De acordo com as autoridades, houve uma explosão no foguete principal que causou a quebra da nave. Infelizmente, ademais, apenas o piloto foi capaz de ativar o paraquedas e o co-piloto acabou por perecer no acidente.
Planejamento e próximos passos do voo até o espaço
A Virgin Galactic não é a única empresa com a ideia de vender voos até o espaço por um preço bem salgado. Outras empresas multimilionárias como a Amazon, de Jeff Bezos, e a SpaceX de Elon Musk estão buscando o mesmo resultado, apenas com variações no tipo de aeronave e estratégia.
Ambos Bezos e Musk, aliás, devem realizar voos até o espaço a bordo de suas próprias aeronaves ainda nas próximas semanas.
A viagem de Branson ao espaço, contudo, contou com a companhia de dois pilotos e mais três funcionários da Virgin Galactic. O empresário relatou ainda à imprensa que anotou em torno de 30 a 40 melhorias para a aeronave e para o voo antes do projeto ser lançado comercialmente.
Ainda assim, 600 pessoas já pagaram para reservar seu voo ao espaço: uma bagatela de US$250.000 por pessoa.
Unity: metade avião, metade foguete
A aeronave Unity levou Sir Richard Branson e o resto da tripulação à barreira entre atmosfera e espaço (85km de altura). Para isso, o equipamento conta com o auxílio de uma segunda aeronave. Essa última carrega a Unity até altitudes elevadas e então libera sua carga em sua altura máxima.
Uma vez que a Unity se desprende, ocorre a ativação do jato traseiro da nave. Essa parte é um foguete que, por sua vez, acelera a Unity a nada mais nada menos que 4.000km/h.
Após alcançar os 85km de altura, portanto, a aeronave realiza uma descida mais suave, planando até o chão com suas asas dobradas.
*Com informações Só científica