Diorama de uma banca de jornal

Artista japonês recria a realidade em miniatura com objetos cotidianos e toques poéticos

Um diorama é uma representação realista de uma cena porém em pequena escala, e na arte das miniaturas o artista japonês Tatsuya Tanaka é um mestre. Seus dioramas, porém, trazem sempre um toque surpreendente e extraordinário ao utilizar objetos do nosso cotidiano para representar outros elementos nas criações. Nos dioramoas de Tanaka uma câmera fotográfica antiga se transforma, por exemplo, em uma máquina de lavar – na qual os pequenos bonecos observam suas roupas enquanto aguardam o processo de limpeza terminar.

As câmeras tornadas em máquinas de lavar pelas mãos de Tanaka
Diorama de uma banca de jornal

Da mesma forma, as superfícies de uma placa de circuito são transformadas em uma plantação chinesa, onde pequenos agricultores “cultivam” chips e outras partes eletrônicas – em uma metáfora profunda e inesperada. O trabalho de Tanaka é fotografado e transformado em um “Miniature Calendar”, calendário em miniatura formado pelas incríveis cenas que o artista recria com tais objetos em versão diminuta e poética.

O arroz vira nuvem…
…o papel picado vira chuva…
…e os furos no papel se tornam pegadas na neve
Tiros em “Matrix” feitos de macarrão

As cenas retratadas são diversas, variando de passagens cotidianas como passantes em uma banca de jornal – montada a partir de uma carteira aberta – como também frames de clássicos do cinema como “Matrix” – na qual as balas que Neo desvia em câmera lenta são, na realidade, macarrões em formato espaguete saindo de um pote de vidro – e até mesmo um show do Queen “realizado” dentro de um ralador de metal.

Uma das obras mais cheias de sentido, na qual as placas de circuito são tornadas em plantações chinesas
Um par de óculos ou duas piscinas?
Poucos elementos e muita criatividade fazem o trabalho de Tanaka

É fácil de compreender os mais de 3 milhões de seguidores que o trabalho de Tatsuya Tanaka atrai no Instagram: entre o poético e o cômico, os dioramas comovem e ao mesmo tempo espantam pelo talento e a engenhosidade do artista nascido em Kumamoto, em 1981. “Brócolis e salsa às vezes se parecem como árvores em uma floresta, e as folhas boiando na água volta e meia se parecem com pequenos barcos”, escreve o artista em seu site. “Ocorrências diárias vistas em perspectiva miniaturizada podem trazer uma porção de pensamentos divertidos”.

Freddie Mercury dá show até dentro de um ralador
Uma plantação de lápis nos dioramas de Tanaka
Em tempos pandêmicos, nadar em máscaras é protocolo de segurança – mas elas podem poluir os mares
De dois rolos de papel higiênico o artista cria uma estação de esqui
Nem tudo são cenas banais, e até aparições alienígenas acontecem nos dioramas
Para quem prefere Pringles a Ruffles

*Com informações do Hypeness.

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