Após calote em hostel, mãe e filha que moraram no McDonald’s do Leblon são despejadas de apartamento em Botafogo
Susana e Bruna Muratori ainda tentaram se abrigar na garagem do prédio em Botafogo, onde passaram os últimos dias
Susana e Bruna Muratori foram despejadas na noite da última terça-feira do apartamento em que estavam no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Mãe e filha permaneceram alguns dias no imóvel e deixaram o local de táxi em direção a Copacabana. Antes da partida, elas ainda tentaram se abrigar na garagem do prédio, segundo testemunhas que estavam no local.
As duas, que viraram notícia em 2024 quando moraram durante sete meses no McDonald’s do Leblon, conseguiram abrigo no apartamento em Botafogo depois de serem expulsas de um hostel na Rua São Clemente, no mesmo bairro, por calote. Um morador de um prédio vizinho se solidarizou com a situação delas e ofereceu que ficassem alguns dias em seu imóvel.
Só que o tempo foi passando e elas se recusavam a sair do apartamento. Com a ajuda de uma amiga advogada e ameaçando chamar a polícia, o proprietário consegui tirá-las de lá na noite de terça-feira.
Como o caso ganhou repercussão?
A história de Bruna Muratori, de 32 anos, e da mãe, Susana Muratori, de 66, ganhou repercussão em junho do ano passado quando a CBN veiculou a notícia. O caso das mulheres que passavam o dia na lanchonete, onde faziam todas as refeições, ganhou notoriedade. Em seguida, a recusa do auxílio de moradores e autoridades voltou a chamar atenção.
Em 30 de setembro, mãe e filha foram retiradas da lanchonete e levadas pela polícia, conduzidas por agentes do Segurança Presente, nesta sexta-feira, à 14ª DP (Leblon) porque teriam proferido ofensas racistas a clientes da lanchonete.
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Natural de Porto Alegre, Bruna contou me entrevista ao podcast Fala Guerreiro, em maio de 2024, ter se mudado para a capital fluminense há oito anos. Segundo Bruna, no Sul, ela não chegou a fazer faculdade, tinha planos de fazer quando estivesse no Rio.
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“Lá (no Rio Grande do Sul), eu era professora de inglês, particular. Me formei muito cedo no colégio, tinha 16 anos. E a única coisa que eu sabia fazer era (falar) inglês. Minha rotina era muito extrema no colégio. E aí, deu certo. Quando vim para o Rio, continuei dando aula particular até me localizar bem. Depois, fui trocando. Pós-pandemia é que comecei a trabalhar em outros lugares”, explicou ela na ocasião.
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*Com informações de Extra