Aos 73 anos, Alcione fala de vida sexual: “Melhor que com 20”
Alcione não se privou de falar sobre o sexo na melhor idade em sua participação no programa Pago de Segunda, do GNT. Na conversa, a cantora de 73 anos defendeu que a experiência de vida lhe garante melhores momentos de intimidade agora do que quando era jovem.
“Na juventude eu não sabia nada, não aproveitei muita coisa. Depois dos 40 que a gente sabe, que a gente tem a pegada. Hoje o sexo é melhor, no meu entendimento. Melhor que com 20 anos. Com 15 eu não fazia, mas com 20 já conheci“, comentou.
As relações sexuais ainda são vistas como tabu por parte da sociedade, o que é rechaçado pela cantora: “Essas pessoas acham, não sei porque, acho que é preconceito com a terceira idade. A terceira idade já está muito mais bem informada de tudo. A terceira idade sabe jogar nas quatro posições e é isso aí“.
Sobre o sexo casual, Marrom já é mais comedida. Para ela, a qualidade é mais importante do que a quantidade, neste caso. “Eu nunca gostei de qualquer transa. Tem que ser bom e com quem a gente quer muito. Negócio de transar por transar não existe pra mim. Existe a boa transa ou a transa que foi ruim e a gente esquece, passa batido, acabou“, disparou.
Em seguida, concluiu sua tese sobre o tema: “Tem que ser mais preciso, né? Porque também transar por transar é falta de higiene. Tem que ser uma coisa muito boa pros dois“.
O papo, porém não se limitou à sexualidade. A artista também falou sobre a longevidade da sua carreira e a que atribui os tantos anos de sucesso.
“Acredito que esse negócio de repertório é uma coisa muito séria na vida do artista. E graças a Deus eu tenho aonde pisar, as coisas que eu gosto de relembrar nos meus shows. Eu posso viver pra sempre do meu repertório. Essa longevidade é porque eu sempre respeitei muito meu público e tenho um respeito enorme por músicos, pela minha carreira. Respeito essa arte de cantar, essa possibilidade que Deus me deu de cantar nessa terra. Não tô aqui só porque tem espaço“.
Sobre as cobranças do público para que mude seu estilo, diante das tantas transformações dos últimos anos, ela foi direta: “Não me cobram mais, porque as pessoas gostam de ouvir o meu repertório, que eu tenho pra trás. Até porque essa coisa de gravar disco, não se faz mais, né? É mais a internet. Você tem que colocar uma canção, uma música lá na internet e pá, as pessoas ouvem e gostam e é por aí. é outro caminho, outro mecanismo e mesmo assim eu tô bem com esse mecanismo, eu tô bem com minha história e as pessoas estão bem com a minha história“.
João Vicente Castro, um dos apresentadores do programa, a questionou sobre já ter feito algum trabalho para agradar aos outros. Em resposta, ela esclareceu:
“Eu sempre quis agradar a todo mundo mas tinha que partir de um princípio que estivesse gostando do que estivesse fazendo, estivesse cantando, pra eu poder agradar todo mundo. É uma coisa muito bonita a relação da gente com o público. Eu por exemplo, eu ouço uma música e eu sei que aquela música vai rachar o Brasil no meio“.
Foi o que aconteceu quando escutou A Loba pela primeira vez. “‘Sou doce, dengosa, polida’… Como é que eu vou cantar um negócio desse? Quando você descobre uma coisa assim, você sabe que vai rachar o público. E não deu outra“, argumentou.
A famosa falou ainda sobre o seu posicionamento feminista e discorreu sobre a sua infância.
“Nós tínhamos umas funções em casa de manhã cedo. Nós mulheres tínhamos que levantar e passar o café, porque meu irmão ia comprar o pão, porque meu pai não admitia que a gente fosse na padaria. Eles é que são homens que tem que ir, vocês vão passar o café. Aí fazia o almoço, almoçava todos na mesma. É o tipo de criação que tive e não me arrependo de ter tido“, comentou.
E completou: “Porque eu sou uma pessoa meio desassombrada, porque meu pai dizia que eu não podia dar essa confiança do homem dizer ‘sai da minha casa’, você que tem que dizer ‘sai da minha casa’, então tenha sua casa. Eu sempre gostei de tudo que meu pai me ensinou e falou. Tive uma criação legal“.
*Com informações do RD1.