Alan Moore revela que cogitou concretizar plano do Coringa na vida real

Alan Moore é pai da história mais importante do Coringa, que também é um clássico divisor de águas na trajetória do Batman: Batman – A Piada Mortal é considerada por muitos fãs como a trama definitiva sobre o complexo relacionamento entre o Homem-Morcego e o Palhaço do Crime. O escritor britânico é conhecido por explorar o lado mais cru e sombrio de heróis e vilões, e, em uma entrevista concedida no começo deste mês, ele fez uma revelação chocante.

Já afastado dos quadrinhos da Marvel Comics e DC Comics há algum tempo, Moore, aos 68 anos, em um de suas raras entrevistas, falou ao The Guardian sobre o lançamento de Illuminations, seu primeiro livro de coleção de contos, e também destrinchou seu usual ódio às HQs e filmes de super-heróis.

Embora tenha sido o criador de vários clássicos da Marvel e DC,e até da Image, como o já citado Batman – A Piada Mortal, Constantine, Monstro do Pântano, Superman: O Que Aconteceu Com O Homem do Amanhã, Supremo, Promethea, entre outros, ele também ficou conhecido por desconstruir os heróis em obras como Watchmen e Miracleman.

Moore também é conhecido por suas viagens lisérgicas e, na adolescência, foi expulso da escola por traficar LSD. Aliás, no meio da entrevista ele revelou que cogitou algo que junta justamente o assunto HQs de super-heróis e drogas: o autor britânico disse já ter pensando em envenenar reservatórios de água — o objetivo era trazer “luz” à sociedade de perspectivas convencionais.

“Eu provavelmente sou um membro praticamente não reconstruído da esquerda psicodélica de 1970, quando a agenda era apenas: vamos colocar LSD nos reservatórios e assim iluminar a todos. Felizmente, antes que eu pudesse implementar isso, eu cresci e percebi que seria uma ideia terrível. No entanto, a ideia de iluminar as pessoas como forma de mudar a sociedade provavelmente permaneceu minha diretiva mais forte”, disse.

A ideia de contaminar um abastecimento de água é um enredo clássico do Coringa, e, embora não tenha concretizado esse plano na vida real, Moore manteve o conceito de “iluminar” as pessoas em várias obras. V de Vingança é um claro exemplo disso.

Bem, já com 68 anos e aposentado das HQs, o mundo (provavelmente) não corre mais riscos desse plano se tornar realidade.

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