Achado arqueológico traz novas evidências sobre o mago Merlin, ‘braço direito’ do Rei Arthur
Descoberta feita na Escócia aponta para a morte de um lendário mago entre os séculos VI e VII, corroborando com um escrito medieval sobre o famoso personagem
O mago Merlin, fiel conselheiro do Rei Arthur e um dos mais conhecidos personagens da lenda da Távola Redonda, pode ter sua origem comprovada com descobertas feitas por arqueólogos na Escócia. Os achados revelaram evidências da morte do lendário mago em Drumelzier entre os séculos VI e VII — e as descobertas podem mudar a maneira como o personagem pode ser encarado.
Merlin é conhecido por seu papel como servo leal do Rei Arthur em meio à Idade Média antes de ser preso, morto e enterrado ao longo do rio Tweed. A morte e sepultamento do mago foram relatados no ‘Vita Merlini Sylvestris’ (ou ‘A Vida de Merlin da Floresta’), um manuscrito medieval atualmente parte do acervo da Biblioteca Britânica.
Um novo levantamento geológico da região, perto do local do Castelo de Tinnis, detectou um fosso semelhante a um túmulo. Outras escavações mostraram sinais de habitação durante o suposto período da vida de Merlin.
“A lenda de Drumelzier contém costumes pré-cristãos, antigos nomes cúmbricos (língua relacionada ao galês antigo) e foi associada a sítios locais onde a arqueologia agora mostra que poderia ter dado origem à história de forma crível”, disse o pesquisador-chefe Ronan Toolis ao National.
De acordo com Toolis, que atua como CEO da GUARD Archaeology em Glasgow, uma estrutura de sepultura tão proeminente nesta região teria sido “bastante rara” para o período em que foi datada. “Parece ser uma coincidência notável que o único forte de colina associado a esta lenda local date exatamente da mesma época em que a história se passa”, observou ele.
Os estudos foram publicados no Archeology Reports Online, dando conclusão a trabalhos de cerca de dois anos que compreenderam as descobertas e a redação do artigo. “A nova evidência arqueológica não prova que a história local era verdadeira, mas demonstra que a lenda provavelmente se originou em Drumelzier, em vez de ter sido trazida aqui por um contador de histórias medieval errante que atraiu vários sítios aleatórios nas proximidades”, explicou Toolis. “Talvez tenha se originado como uma memória popular, para ser embelezada ao longo dos séculos antes de se espalhar por toda parte e mudar para além de quase todo o reconhecimento”, concluiu.
*Com informações de Revista Monet