Zuckerberg perde mais de US$ 6 bi em poucas horas com apagão do Facebook
Não foram só os usuários de serviços do Facebook, como o Instagram e o WhatsApp, que tiveram motivos para se desesperar com o não funcionamento dos aplicativos durante a segunda (4). Mark Zuckerberg, fundador da rede social, perdeu cerca de US$ 6 bilhões (aproximadamente R$ 33 bilhões na cotação atual) durante a instabilidade dos programas de sua empresa.
É importante frisar, porém, que os problemas do Facebook começaram antes da instabilidade de seus serviços, quando no último domingo (3), uma ex-funcionária acusou o Facebook de colocar lucro acima da segurança de seus usuários. Frances Haugen era gerente de produto na equipe de desinformação cívica da empresa. Segundo ela afirmou para o 60 Minutes, programa da rede americana de TV CBS News, havia conflitos de interesse dentro da empresa sobre o que era bom para o público e o que era bom para o Facebook.
Haugen afirma que a rede social fundada por Zuckerberg sempre priorizou os ganhos financeiros em vez dos usuários, sabendo de questões como a piora da imagem corporal entre adolescentes que o Instagram estava causando, mas optando por não fazer mudanças já que geravam lucro para a empresa.
Agora, nesta segunda-feira (4), com a instabilidade dos serviços do Facebook, ainda sem uma origem certa divulgada, as ações da empresa caíram 4.9%, juntando-se à queda de 15% que ela acumulou desde meados de setembro.
Essa queda das ações fez a fortuna de Zuckerberg cair para US$ 117 bilhões (aproximadamente R$ 638 bilhões na cotação atual), fazendo ele se tornar a quinta pessoa mais rica do mundo na Index de Bilionários do Bloomberg, ficando abaixo de Bill Gates, perdendo US$ 6 bilhões somente nesta segunda. Até o começo de setembro, a fortuna do fundador do Facebook era estimada em US$ 140 bilhões (cerca de R$ 763 bilhões na cotação atual) , onde ele ocupava a quarta posição no mesmo ranking de pessoas mais ricas do mundo.
Os problemas do Facebook
Desde 13 de setembro o The Wall Street Journal (WSJ) começou a publicar uma série de histórias sobre o Facebook, feitas com base em documentos internos, revelando que a rede social sabia de muitos dos problemas que estavam ocorrendo em suas plataformas, como as Fake News sobre a pandemia do covid-19 ou da invasão do Capitólio dos EUA, em janeiro.
Poucos dias após a publicação das matérias do WSJ, o Facebook emitiu um pronunciamento, falando que os problemas da plataforma não eram simplesmente relacionados a tecnologia, e que eram questões complexas que deveriam ser analisadas com cuidado.
Porém, mesmo após essas declarações, as ações do Facebook apresentaram quedas. Com Frances Haugen vindo a público no domingo e revelando mais detalhes sobre a cultura interna da empresa, mais a caótica instabilidade dos serviços da empresas na segunda, o cenário mostra que tem chances de piorar tanto para a rede social quanto para a fortuna de Zuckerberg.
*Com informações do Canaltech.