Quer saber como é estar dentro de um furacão? Vídeo feito por drone mostra tudo!
Pela primeira vez, pesquisadores filmaram o interior de um furacão usando um drone especial para isso. O veículo revelou a dinâmica no interior do furacão Sam, de categoria 4, atualmente sobre o Atlântico Norte. O vídeo foi capturado pelo “drone-vela”, que, sobre a superfície do mar, coleta dados científicos importantes para oferecer aos cientistas uma visão completa de um dos fenômenos mais intensos da natureza e, assim, melhorar as projeções climáticas.
Desenvolvido pela Saildrone Inc. e operado em parceria com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos EUA, o SD 1045 é equipado com uma “asa de furacão” que atua como uma vela, que o conduz nos extremos ventos do furacão. No momento, o drone-vela acompanha o furacão Sam em mar aberto e, enquanto enfrenta ondas de até 15 metros e ventos de 193 km/h, realiza registros em tempo real para aprimoramento das previsões desses fenômenos.
Na verdade, o SD 1045 faz parte de um pequena frota de cinco drones-vela que atuam no Oceano Atlântico acompanhado a temporada de furacões deste ano na região, coletando dados 24 horas por dia. Em agosto desse ano, a NOAA alertou sobre fenômenos mais intensos em decorrência do aquecimento global. Entender bem o comportamento deles é essencial para prevenir desastres e até mesmo mortes.
O fundador e CEO da Saildrone, Richard Jenkins, explica que o SD 1045 tem alcançado lugares que nenhum navio de pesquisa jamais pôde chegar, navegando no olho do furacão. “Estamos orgulhosos de ter projetado um veículo capaz de operar nas condições climáticas mais extremas do planeta”, acrescenta Jenkins. Ele ressalta que, após a conquista do Ártico e das águas ao redor da Antártida, os furacões são o último desafio do equipamento.
A informações fornecidas pelo drone-vela são repassadas ao Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico da NOAA e ao Laboratório Oceanográfico e Meteorológico do Atlântico, parceiros neste trabalho extenso de monitoramento. Greg Foltz, cientista da NOAA, explica que, através dos dados, espera-se melhorar os modelos de previsão sobre a rápida intensificação de furacões para alertar com antecedência as comunidades costeiras.
Felizmente, o furacão Sam, embora atualmente classificado como um fenômeno de categoria 4, não oferece riscos à costa leste norte-americana.
*Com informações do Canaltech.