Após morte de seu dono, cachorro passa a morar em cemitério na Argentina
Após a morte de seu dono, há três anos, um cachorro chamado Bobby passou a viver no cemitério municipal de General Roca, província de Río Negro, na Argentina.
“Há três anos o seu dono faleceu e desde então nunca mais saiu do cemitério. Ele ficou porque seu mestre está enterrado aqui. Quando ele chegou, estava seguindo o carro funerário. Enterramos seu mestre e ele ficou aqui conosco”, conta Daniel Cisterna, coveiro do local há 16 anos.
Em entrevista ao jornal argentino Río Negro, ele diz que o animal se tornou seu companheiro de passeios durante as tardes no cemitério.
“Meu trabalho é enterrar, caminhar, passear pelo cemitério e Bobby me segue. Quando eu entro às 13h e ele ouve a motocicleta, sempre vem me cumprimentar e quando eu saio ele me acompanha até a floricultura e dá meia-volta (…) Já tive cachorros, mas o Bobby me emocionou muito pelo carinho e lealdade ao dono, é algo que eu nunca tinha visto”, disse.
Segundo Daniel, a família do falecido tentou buscá-lo, mas o pet se recusa a ir embora, sempre voltando ao entorno do túmulo de seu dono.
Companhia nos funerais
Além das caminhadas diárias, Bobby também se tornou uma figura presente nos funerais realizados no local — ele costuma fazer companhia a todas as famílias que passam por lá, durante todos os 45 minutos que compõe as cerimônias.
“O cachorro permanece deitado ao lado da família, imóvel, observando todo o ritual. Parece que ele sente a dor dela. Todos ficam maravilhados com ele, acariciam e perguntam sobre sua história”, relata o coveiro.
O cão também é cuidado por Adriana Carrasc, professora que visita o cemitério semanalmente desde 2008, após o falecimento de sua mãe. Ela costuma levar comida para ele, além de levá-lo ao veterinário quando se é necessário.
Ela conta que o animal vive bem no local, rebatendo críticas que recebe sobre não adotá-lo e enaltecendo o amor de Bobby por seu falecido dono.
“Aqui é a casa dele, não falta carinho, comida ou atenção veterinária. Ele está bem aqui. É uma demonstração de como os cães são fiéis aos seus donos. E pensar que há muitas pessoas que os abandonam, mas não nos abandonam. O amor que eles têm é incondicional e nunca são esquecidos”, diz.
*Com informações do Extra.