Cruella apresenta uma versão completamente original, mais sombria e profunda de uma das maiores vilãs da Disney
Com enredo surpreendente, figurinos de tirar o fôlego e atuações de peso, ‘Cruella’ é um dos melhores live-actions do estúdio até hoje
Hello, darlings! A tão esperada versão live-action de Cruella foi lançada recentemente, deixando o mundo cinematográfico muito mais charmoso, e sem sombras de dúvidas, um pouco mais maluco.
Comentários positivos sobre a nova versão do filme têm sido comuns na internet, surpreendendo a maior parte do público, já que muitos filmes de origem acabam se perdendo ao tentar implementar algumas diferenças nas narrativas já conhecidas sobre algum personagem. Porém, no longa dirigido por Craig Gillespie e roteirizado por Dana Fox e Tony McNamara, eles conseguiram fornecer, em mais ou menos duas horas de exibição, performances preciosas do elenco e conduzir uma narrativa com um belo design de produção, além de ser uma grande peça de entretenimento sobre a tão famosa vilã de “101 Dálmatas”. Todos esses elementos trabalhando juntos entregaram uma história agressiva e de alta costura.
Nessa nova versão estrelada por Emma Stone e Emma Thompson, Cruella é explosiva, exorbitante e arrebatadora. Além do mais, o filme não desmerece o legado criado e deixado por Glenn Close em 101 Dálmatas (1996), que inclusive entrou como produtora executiva do projeto, demonstrando gratidão, e trazendo uma atriz à altura para contar os antecedentes da história.
A história segue contando a vida da icônica vilã quando ainda se chamava Estella (Emma Stone), uma garota diferente que traz consigo não só seu cabelo preto e branco, mas também um gênio inigualável, e além do sonho de se tornar uma grande estilista.
Após perder a mãe ainda na infância, a jovem ambiciosa se muda para um apartamento com os amigos Horácio (Joseph MacDonald) e Jasper (Ziggy Gardner), e vivem de pequenos furtos, até conseguir finalmente um emprego no tão sonhado Liberty, uma das lojas de departamento mais populares de Londres na década de 1970. Um dia, o talento da garota chama a atenção da Baronesa (Emma Thompson), uma lenda fashion que é devastadoramente chique e assustadora, e que faz com que Estella abrace seu lado rebelde, mostrando assim, como ela se transformará em Cruella, a ‘vilã má’, marcando o início do que ela é na trama de “101 Dálmatas”.
Com um humor ácido, e que eu até arriscaria em dizer com toque sombrio, diferente do que estamos acostumados em ver em uma produção da Disney, Cruella realmente entregou uma boa e interessante história, sob uma trilha sonora nostálgica deliciosa, que nos transporta para a efervescência musical da época. A trilha original é envolvente e muito criativa, principalmente durante as aparições da personagem nos desfiles da Baronesa.
Em resumo, pode se dizer que se trata de um dos melhores live-actions lançados até o momento pela Disney. Me surpreendeu positivamente, pois odeio quem faz maldade com animais, e por isso por muito tempo odiei a personagem. Sobretudo, o filme soube dosar muito bem os elementos primordiais de uma boa história e também contar com uma narrativa empolgante, cheia de possibilidades em um tom natural.
Mas e você, já assistiu ao filme? Se sim, o que achou? Conta aí pra gente nos comentários! Se ainda não assistiu, Cruella ainda está em cartaz nos cinemas e disponível no Disney+ pelo Premier Access no valor R$ 69,90. Ah, uma observação: Se você é fã de carteirinha da Cruella de Vil, existe uma cena pós-crédito que faz conexão com 101 Dálmatas. Fique atento!
Nota: 8.5
*Por Juliana Gomes