Vampire Facial: te contamos tudo sobre o procedimento estético
Feito com plasma do sangue, o procedimento vem conquistando adeptas pelo mundo
Talvez você se lembre, nos primórdios do Instagram, a foto de Kim Kardashian com uma máscara facial de sangue. Na época, o tal Vampire Facial foi uma polêmica enorme mas, acelerando a fita para 2021, nunca tivemos tanta gente se apaixonando pelo procedimento. Conversamos com a dermatologista Patrícia Mafra para entender mais sobre a técnica polêmica.
“A verdade é que o nome Vampire Facial é só uma forma de chamar a técnica PRP (Plasma Rico em Placetas), que já é bem conhecida” começa a dermato. “A referência ao vampiro vem porque usamos o sangue do paciente para fazer o procedimento, que ajuda na prevenção de linhas finas e rugas, diminui a flacidez e deixa a pele mais radiante.”
Mas, calma! Não é tão simples assim, tá? Após retirado, o sangue deve ser tratado para uso tópico. E aí a gente te conta que não é o sangue propriamente dito que é usado, mas sim um de seus componentes: o plasma. Patrícia explica: “Antes do procedimento propriamente dito é retirada uma pequena quantidade de sangue de uma veia do paciente, da mesma forma que quando realizamos exames. Esse material coletado passa por um processo de tratamento específico, ao ser inserido em uma centrífuga que separa o plasma do sangue.” O plasma é usado por concentrar uma grande quantidade de plaquetas, que são ricas em fatores de crescimento que, ao serem aplicados em uma região, favorecem a renovação celular e estimulam a produção de colágeno e elastina. “O efeito é uma pele mais elástica, firme e uniforme”, completa a médica.
O mais legal é que o PRP pode ser combinado com outras técnicas dermatológicas para dar um boost no tratamento. “Podemos realizar procedimentos como o microagulhamento, a radiofrequência microagulhada e a microdermoabrasão. Esses tratamentos vão agir abrindo microcanais ou diminuindo a espessura do tecido cutâneo para fazer com que o plasma, que será aplicado topicamente em seguida, penetre de forma mais profunda na pele, o que potencializa sua eficácia”, afirma Patrícia. E na Coreia do Sul já é comum ver o vampire facial combinado com toxina botulínica para máximo rejuvenescimento.
Apesar do Vampire Facial ser super eficaz, é normal algumas pessoas ainda terem receio do procedimento, afinal “como assim sangue no rosto, Glá?” Mas a gente ressalta que ele é super seguro: “Como aplicamos um material biológico do próprio paciente e não algo sintético, não existe nenhum tipo de complicação causada pelo plasma em si.” O que pode, de fato, acontecer são pequenos hematomas onde o sangue foi retirado ou onde foram realizadas as aplicações de plasma, mas isso é uma adversidade do Vampire Facial. “Porém, é importante ressaltar que os procedimentos com PRP não são recomendados para pacientes que sofrem com doenças do sangue, como distúrbios de coagulação e sangramento”, alerta.
Além dos procedimentos faciais, as técnica é utilizada em outros tratamentos como de estrias, melhora de cicatrizes, cicatrização de feridas e até combate à queda capilar.
*Com informações da Glamour