Como tornar a sustentabilidade um assunto sexy?
Por Mariana Borges
Falar sobre sustentabilidade ainda é um desafio didático — e isso vale para quem está começando, para quem já atua na área e até mesmo para quem tem a missão de ensinar e engajar sobre o tema. A verdade é que, mesmo com a crescente importância da agenda ESG no mundo dos negócios, seguimos enfrentando uma barreira fundamental: as pessoas ainda não se conectam emocionalmente com o assunto.
Temos falado difícil. Cheio de jargões, conceitos técnicos, siglas e termos importados que, para quem está de fora, soam como uma outra língua: “gases de efeito estufa”, “mitigação”, “efluentes”, “descarbonização”, “net zero”, “materialidade”. É como se estivéssemos convidando as pessoas para uma conversa que elas não conseguem participar. E aí, naturalmente, elas se afastam.
A sustentabilidade precisa ser recontada
Talvez o maior desafio para quem lidera a pauta ESG hoje não seja apenas implementar projetos, desenvolver estratégias ou estruturar relatórios, mas sim encontrar uma forma de tornar esse tema interessante. Sexy, mesmo. Aquele tipo de assunto que faz os olhos brilharem, que desperta curiosidade, que dá vontade de saber mais, de fazer parte.
Mas como fazer isso?
Precisamos resgatar o encantamento
A sustentabilidade não é um tema técnico: é humano. É sobre o mundo em que vivemos, as cidades que habitamos, a água que bebemos, o alimento que chega à nossa mesa. É sobre o presente que estamos vivendo e o futuro que vamos deixar. É sobre justiça, saúde, oportunidades. Sustentabilidade é, antes de tudo, sobre pessoas.
É por isso que precisamos repensar a forma como falamos com o mundo. Sustentabilidade não pode ser uma conversa exclusiva de especialistas. Ela precisa chegar à sala de aula, ao almoço de domingo, ao café da firma, ao grupo de WhatsApp da família. E isso só acontece quando a linguagem muda, quando simplificamos, traduzimos, humanizamos.
Para mudar atitudes, é preciso mudar a percepção
Quando falamos de ESG, estamos falando de mudança de cultura — e toda mudança cultural passa, antes de tudo, pela comunicação. Se as pessoas não entendem o problema, não se conectam com ele. Se não se conectam, não se mobilizam. E se não se mobilizam, nada muda.
Então, aqui vai o convite: que tal parar de tentar convencer com números e começar a contar histórias? Histórias reais, que emocionam, inspiram e revelam o impacto que o ESG pode ter na vida de cada um.
Vamos falar mais sobre saúde, qualidade de vida, segurança, futuro, pertencimento. Vamos mostrar como pequenas ações no ambiente doméstico ou profissional fazem diferença. Vamos trocar “pegada de carbono” por “o impacto que deixamos no mundo”. Vamos lembrar que sustentabilidade também é sobre escolhas — e todos nós fazemos escolhas todos os dias.
A sustentabilidade precisa sair da bolha
Quanto mais acessível for o tema, mais gente poderá se engajar. E quanto mais gente engajada, maior será o impacto real das transformações que buscamos. ESG não é um assunto de nicho. É uma conversa de todos — e para todos.
Como líderes, consultores, profissionais ou cidadãos, nossa missão agora é uma só: tornar o assunto compreensível, interessante e próximo. E, quem sabe assim, ele se torne também sexy.
Artigo escrito por Mariana Borges, sócia da Move’n Up Inteligência em Gestão Sustentável
Serviço
Mariana Borges transforma líderes com o Método Liderança ESG 360º, integrando Conhecimento, Ação, Liderança e Comunidade para impulsionar seu sucesso no mundo ESG.
Alcance seus objetivos com nossas soluções para profissionais:
● Conhecimento (Curso CFS): Domine os fundamentos do ESG e construa uma base sólida.
● Ação (Programa PIT): Implemente estratégias eficazes e realize projetos de alto impacto.
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● Comunidade (Mentoria MC): Conecte-se a uma comunidade de apoio e crescimento.
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