Bolinhas misteriosas na areia forçam Austrália a interditar praias
As praias de Sydney e dos arredores, na Austrália, foram novamente tomadas por centenas de bolinhas misteriosas nesta semana. Desta vez, o material de origem desconhecida variava entre branco e cinza, sem apresentar a coloração em tons escuros. As amostras com o tamanho de uma bolinha de gude são analisadas em laboratório.
Por causa das bolinhas misteriosas, nove praias australianas, incluindo as praias Manly e Dee Why, foram temporariamente fechadas pelo Conselho de Northern Beaches, enquanto equipes de limpeza coletam o material encontrado na areia.
Nesta quarta-feira (15), o conselho liberou que a população voltasse a frequentar a maioria das praias. No entanto, duas praias continuam fechadas (South Curl Curl e Dee Why) por tempo indeterminado.
As autoridades locais seguem em busca de novos avistamentos de bolinhas misteriosas e pedem que os banhistas informem se as identificarem. A orientação é para não tocar no material.
Bolinhas misteriosas em praias da Austrália
A Agência de Proteção Ambiental de Nova Gales do Sul (EPA) reforça o pedido de que os visitantes não toquem nas bolinhas formadas por detritos. Isso porque o atual episódio lembra outro do ano passado, em que bolas fedorentas e escuras chegaram às praias australianas.
Na análise de laboratório anterior, foi possível identificar diferentes componentes presentes na esfera, incluindo ácidos graxos, derivados de petróleo, fezes humanas, remédios e até drogas. A hipótese é de que seriam dejetos ligados ao esgoto, mas nenhum vazamento foi oficialmente identificado, o que mantém o mistério sobre a origem do material. Vale observar que, por causa do esgoto, até animais marinhos já foram contaminados por drogas em diferentes partes do mundo.
Segundo a equipe de especialistas, as novas bolinhas claras têm “aparência semelhante àquelas que foram encontradas nas praias dos subúrbios do leste em outubro do ano passado e que continham principalmente ácidos graxos e hidrocarbonetos de petróleo”.
Entretanto, a composição da nova leva de bolinhas invasoras deve ser outra devido à diferença na cor. Isso somente poderá ser confirmado com as novas análises laboratoriais, o que deve ser divulgado em breve. Não se sabe como o material pode impactar a saúde humana e nem dos animais que vivem na região.
*Com informações de Canal Tech