Mulher reclama de impacto financeiro do retorno ao trabalho presencial e viraliza: ‘Vai me custar R$ 75 mil por ano’

A publicação, que já soma mais de 498 mil visualizações, gerou debate. Alguns dizem que trabalho remoto que pode ser revisto a qualquer momento e outros afirmam que essa é uma forma de a empresa fazer um “soft layoff”

Trabalhadora remota há anos, uma norte-americana identificada apenas como Ashley nas redes sociais viralizou no TikTok após afirmar que a exigência de sua empresa para retornar ao escritório está lhe custando US$ 13 mil anuais (R$ 75 mil). A publicação, que já soma mais de 498 mil visualizações, gerou debate nas redes sobre os custos e benefícios do trabalho remoto.

Ashley, que desde 2018 não frequentava o escritório mais de três vezes por semana, detalhou os impactos financeiros da mudança: “A creche estendida que vou precisar, o cuidado com meu cachorro e os gastos com gasolina somam mais de US$ 13 mil por ano”, disse na postagem feita na última sexta-feira (22/11).

No vídeo, Ashley questiona a decisão da empresa, ressaltando que sua rotina remota funcionou perfeitamente nos últimos anos. “Tenho colegas que não vão ao escritório há 10 anos. Desde 2018, nunca trabalhei mais do que três dias por semana no escritório.” Ela destaca que, além dos custos extras, não houve qualquer aumento salarial para compensar o retorno presencial. “É como se minha faixa salarial tivesse sido reduzida, mesmo sem um corte oficial”, afirma.

No TikTok, as reações ao vídeo foram divididas. Alguns usuários criticaram a postura de Ashley, argumentando que o trabalho remoto sempre foi um privilégio e não deveria ser visto como um direito adquirido. “Você economizou US$ 13 mil. Isso foi sorte”, comentou um internauta. Ashley rebateu, dizendo que o impacto da inflação anulou essas economias. “Talvez se a inflação não fosse maior que qualquer aumento que recebi, mas essa não é a realidade.”

Outros sugeriram que a mudança de política pode ser uma estratégia de gestão da empresa para reduzir o quadro de funcionários indiretamente, incentivando demissões voluntárias sem custos trabalhistas. “É um ‘soft layoff’ (demissão em massa branda). Eles querem cortar pessoas sem arcar com indenizações ou responsabilidades relacionadas ao desemprego”, especulou um usuário.

O caso de Ashley reflete uma discussão mais ampla sobre os custos e benefícios do trabalho remoto. Enquanto o modelo oferece economias significativas para os trabalhadores, há desafios associados, como a separação entre vida pessoal e profissional. Segundo o International Business Times, 32% dos trabalhadores remotos no Reino Unido admitiram levar seus laptops em viagens sem informar a gerência, e outros relataram tirar sonecas durante o horário de trabalho.

Por outro lado, empresas como a WordPress demonstram que uma força de trabalho 100% remota pode ser altamente eficiente. De acordo com a Harvard Business Review, a empresa prospera com esse modelo, reduzindo custos operacionais e mantendo altos níveis de produtividade.

“Quando você ouve sobre esses mandatos de retorno ao escritório, não é porque somos preguiçosos. É porque, para muitos de nós, isso representa um enorme corte salarial”, concluiu Ashley.

*Com infromações de PEGN

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