‘Nuvem de óvni’: fenômeno inusitado reaparece sobre montanha da Nova Zelândia após 4 anos; veja
Formação natural, que há mais de 100 anos é conhecida pelos habitantes da região, fica sobre o Planalto Taieri e permanece estacionada no céu até desaparecer
Uma inusitada “nuvem de óvni” reapareceu exatamente no mesmo local sobre uma montanha na Ilha Sul da Nova Zelândia, intrigando moradores e observadores, em setembro. O fenômeno, que há mais de 100 anos é conhecido pelos habitantes da região, se forma sobre o Planalto Taieri – entre as cidades de Middlemarch e Hyde, na região de Otago – e permanece estacionado no céu até desaparecer.
Embora algumas pessoas confundam a formação com um objeto voador não identificado, os moradores não sentem medo. Pelo contrário, segundo o jornal inglês The Sun, eles chamam a nuvem carinhosamente de “Taieri Pet” (animal de estimação de Taieri).
O fenômeno é uma nuvem lenticular altocúmulo alongada (ASLC), com aparência de disco, comumente chamada de “pilha de panquecas”. Elas são formadas quando ondas de ar passam sobre uma barreira topográfica, como uma cadeia de montanhas, forçando o vapor de água a condensar em camadas verticais, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia.
O “Taieri Pet” foi mencionado pela primeira vez na década de 1890. Em um artigo do jornal Otago Witness, datado de 1896, a nuvem foi associada a mudanças climáticas significativas na região.
“Na noite de domingo, nosso fiel prognosticador, The Taieri Pet, apareceu, então sabíamos que levaríamos um bom golpe. E não fomos enganados, pois começou na terça-feira e continuou assim até o fim da semana, secando tudo e destruindo centenas de acres de sementes de grama recém-plantadas”, dizia o artigo.
Em setembro, uma vista aérea da formação foi capturada por um satélite da NASA. Já em 2020, quando a nuvem foi vista pela última vez, o primeiro oficial da Air New Zealand, Geoff Beckett, avistou o fenômeno enquanto pilotava um avião.
— Voo há 20 anos e nunca vi nada parecido. A escala disso era enorme — disse Beckett, em entrevista ao Otago Daily Times, à época.
Apesar da aparência intrigante, a origem do fenômeno não tem relação com atividades extraterrestres. As nuvens lenticulares podem variar de tamanho, e imagens de satélite mostram que essa formação mede aproximadamente 11,5 quilômetros de comprimento.